Luanda – O Presidente angolano, João Lourenço, disse, esta quarta-feira, que Angola continua a trabalhar com os seus parceiros internacionais, para a busca imediata de um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia.
Em declarações a um jornal japonês, no final da sua visita de trabalho ao Japão, o Chefe de Estado referiu que Angola defende a via do diálogo para o alcance da paz.
A propósito, disse ser necessário adoptar uma solução que não ameace a paz e a segurança internacional, sublinhando que Angola é a favor do cessar-fogo.
"Nós condenamos a guerra e trabalhamos, juntamente com outros parceiros internacionais, no sentido de se conseguir, rapidamente, um cessar-fogo e se dar início às negociações, para o alcance de uma paz duradoura, não apenas para a Europa, mas para o mundo", afirmou.
Na sua opinião, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia acaba por atingir todo o planeta, tendo em conta que criou a maior crise humanitária depois da II Guerra Mundial, e uma grande crise alimentar e energética.
O conflito decorre desde 24 de Fevereiro de 2022, data em que o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma "operação militar especial" no Leste daquele país.
De acordo com várias organizações internacionais, a guerra já gerou, em mais de um ano, dezenas de milhares de mortos, milhões de refugiados e deslocados internos, cidades bombardeadas, além de uma economia em colapso na Ucrânia.
De acordo com o Chefe de Estado angolano, este conflito russo-ucraniano também afecta outros Estados, como Angola, do ponto de vista do custo dos alimentos importados.
"Angola, embora seja produtora de alimentos, importa uma boa parte, sobretudo as commodities, trigos e outros cereais que, ao serem importados, actualmente, vêm acima do preço praticado antes do início do conflito", lamentou.
Noutro domínio, o Estadista falou da diplomacia angolana, que considerou bastante dinâmica, usada para a construção da paz e da segurança mundial. OHA/ADR