Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, visitou esta terça-feira as obras de construção do Parque de Ciência e Tecnologia de Luanda, tendo sido informado de que a sua execução física e financeira está acima dos 45 por cento.
O Titular do Poder Executivo, acompanhado de vários auxiliares e representantes das empresas empreiteiras e da fiscalização, percorreu zonas de implantação do futuro parque.
De acordo com explicações da ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria Bragança Sambo, a empreitada está avaliada em cerca de 35,9 milhões de dólares e começou a ser erguida em Fevereiro do ano passado, com término previsto para o segundo semestre de 2025.
Acrescentou que o parque contará essencialmente com espaços para a incubação de empresas, formação, investigação científica, conferências, escritórios, reuniões, impressão, cópias, encadernação e primeiros socorros, bem como áreas verdes e um espaço para estacionamento.
Adiantou que o parque tem enfoque multissetorial e deverá contribuir para a melhoria do ecossistema angolano de investigação científica, desenvolvimento e inovação, contribuindo para a diversificação e crescimento socioeconómico do país.
Explicou que o parque é parte do Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia e prevê apoiar a instalação de laboratórios em 18 escolas secundárias, a formação de mais de cem professores e 54 metodólogos, bem como bases de dados de propriedade intelectual e de gestão de dados científicos.
Adiantou que o projecto prevê ainda garantir perto de 150 bolsas em pós-graduação em Portugal e no Brasil e para 850 meninas do ensino secundário e patrocinar 40 projectos de investigação científica.
O coordenador do projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, Ricardo Queirós, explicou que a construção do parque foi financiada em 90% pelo Banco Africano de Desenvolvimento.
Afirmou que contempla a construção e reabilitação de nove edifícios que incluem os da Faculdade de Ciências Sociais e do Departamento de Arquitectura, ambos da Universidade Agostinho Neto.
Ricardo Queirós salientou que está também preparado um plano de negócios para garantir a sustentabilidade do projecto.
Referiu que proximamente serão lançados concursos públicos para aquisição de mobiliário e equipamentos para apetrechamento das instalações.
Informou ao Presidente da República que os principais constrangimentos na construção do parque têm sido o roubo de materiais, como disjuntores, e atrasos no realojamento de populares que vivem no perímetro do projecto.
O centro está em construção num espaço de aproximadamente 60 mil metros quadrados onde funcionou o Instituto Nacional de Estatística e que abrange a Faculdade de Ciências Sociais e o Departamento de Arquitectura da Faculdade de Engenharia, ambos da Universidade Agostinho Neto.
O parque de Ciência e Tecnologia é desde Setembro do ano passado membro afiliado da Associação Internacional de Parques de Ciência e Áreas de Inovação (IASP). JFS/VIC