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PR considera oportuno aprofundamento do diálogo Angola e China

     Política              
  • Luanda • Sábado, 16 Março de 2024 | 12h51
Presidente João Lourenço recebido pelo Presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji
Presidente João Lourenço recebido pelo Presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji
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Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, considerou, este sábado, em Beijing (China), bastante oportuno, o momento, para aprofundar diálogo e troca de experiências sobre as oportunidades de investimentos nos dois países.

O estadista fez estas referências na abertura do Fórum de Negócios Angola e China sobre petróleo, gás, recursos minerais e agricultura.

Na sua intervenção no evento, reputou a visita de Estado que realiza à China de grande importância para o aprofundamento e consolidação dos laços de amizade e de cooperação entre os dois países e nações.
 
Acrescentou que a cooperação entre os dois povos e países é fruto de uma amizade longa que perdura há mais de 40 anos e assenta nos princípios do respeito mútuo, da cordialidade e numa complementaridade económica, em que este país representa um dos mais importantes destinos do principal produto de exportação angolano, o petróleo, e um grande exportador de muitos bens e serviços que apoiam o desenvolvimento económico e social do país. 

Referiu que, para reforçar a cooperação, em Dezembro de 2023, os dois países assinaram o Acordo para a Promoção e Protecção Recíproca de Investimentos (APPRI), instrumento jurídico que visa promover uma maior cooperação económica.

Visa ainda estimular o fluxo de capitais e o desenvolvimento económico, além de garantir um quadro estável e transparente para o investimento entre Angola e a China.

O Presidente acrescentou que a presença de empresas chinesas em Angola é incontornável, como demonstra o Novo Aeroporto Internacional de Luanda, as centralidades edificadas um pouco por todo o país, a melhoria dos sistemas rodoviário e ferroviário ou a produção e distribuição de energia eléctrica e água potável.

"No domínio privado, também registamos a presença de investidores da República Popular da China em Angola, um pouco por todos os sectores da economia, mas devemos reconhecer que é ainda de pouca intensidade se considerarmos a força e dinâmica do sector empresarial chinês", disse.

Fazendo menção às acções do Executivo angolano, disse que em 2018 deram início a um amplo programa de reformas económicas, institucionais e financeiras, que se prolongam até hoje.

Acrescentou, que  o objectivo é a criação das condições para um crescimento económico assente em bases mais sustentadas e inclusivas. 

Estas reformas, de acordo com o Presidente João Lourenço, permitiram que o país saísse de um ciclo recessivo da actividade económica, que se prolongou durante anos, equilibrasse as contas públicas e as contas externas e melhorasse o ambiente de negócios.

Por outro lado, disse que possibilitaram também a melhoria do quadro regulatório sobre o investimento privado, a concorrência e combate aos monopólios e corrupção, bem como a organização do sistema financeiro em linha com as melhores práticas internacionais, removendo assim muitos dos obstáculos ao investimento e garantir maior protecção aos investidores estrangeiros.

O Presidente referiu que o país dispõe de condições naturais privilegiadas que lhe permitem potenciar o crescimento económico e a geração de valor acrescentado. 

Para o efeito, no âmbito da implementação do Plano de Desenvolvimento Nacional para o período 2023-2027, as autoridades elegeram como sectores prioritários a Agricultura, Energia e Águas, Indústria transformadora, Pescas, Turismo, Saúde, Educação, Logística e Infra-estruturas de apoio.

De igual modo, constam das prioridades o domínio da digitalização, para promover o capital humano e o aumento da capacidade dos meios de produção em Angola, tendo em vista o alcance da segurança alimentar e a satisfação de outras necessidades básicas com vista a garantir o bem- estar da população.

Neste contexto, salientou que se pretende atrair investidores chineses que tragam à economia angolana não só capital financeiro e tecnologia avançada, mas também "know-how”, para permitir aumentar a eficiência na produção interna de bens e serviços. 

Nisso, conta-se com os investidores chineses que ajudem a diversificar a economia, aumentando a oferta interna de bens e de serviços com o selo “Feito em Angola”, que contribua para o aumento significativo dos bens de exportação e uma substancial oferta de postos de trabalho, que reduza a taxa de desemprego existente , sublinhou. SC/ADR 





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