Luanda - Dois secretários de Estado e um vice-governador, nomeados a 19 deste mês, foram empossados, esta quinta-feira, no Palácio Presidencial, em Luanda, pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço.
Trata-se de Arlindo Bota Manuel Carlos, secretário de Estado para a Energia, António Fernandes Rodrigues Belsa da Costa, secretário de Estado para as Águas, e Duarte André Ginga, vice-governador da província de Malanje para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas.
Durante o acto, o Presidente da República destacou a importância dos sectores das Águas e da Energia, quer para a vida das populações, quer para o desenvolvimento económico e social de qualquer país.
Referiu que não há vida sem água, nem saúde, educação, indústria e economia sem energia e água.
João Lourenço disse que o Executivo tem dedicado uma especial atenção aos dois sectores, por saber que o desenvolvimento do país depende, em grande medida, da sua maior ou menor oferta.
“Temos feito grandes investimentos e mesmo assim não são ainda suficientes para nos sentirmos satisfeitos”, frisou.
Neste sentido, pediu aos empossados que ajudem e trabalhem com o ministro, por forma a que, nos próximos tempos, sejam dados passos significativos, mais do que se tem dado até à data, nesses importantes sectores da vida do país.
Águas
O novo secretário de Estado para as Águas apontou como desafios a melhoria na distribuição, informando que existem projectos em curso para colmatar essa situação, como as estações do Bita e Kilonga, às quais dará especial atenção para que não haja derrapagem no cronograma de execução.
Falou igualmente das muitas obras que são realizadas na cidade e que causam danos às condutas, sem prévia informação, o que origina reclamações em áreas onde já foram realizadas obras e feitos os pavimentos.
Esta situação, disse, é agravada pelo actos de vandalismo, que não permitem que a água chegue, com qualidade, à cidade de Luanda.
Para a resolução desses problemas, são necessárias autorizações para novas intervenções, processos esses demorados, que atrasam a resolução de assuntos pontuais, segundo o dirigente.
António Fernandes Rodrigues Belsa da Costa apontou a falta de pagamento por parte da população que beneficia do produto, o que cria constrangimento que fazem com que as empresas não tenham sustentabilidade para manterem o funcionamento das suas instalações.
O foco, sublinhou, é manter o funcionamento a 100 % das instalações que existem, porque de nada valerá terminar Bita e Kilamba se as existentes deixarem de funcionar.
De igual modo, afirmou que é intenção do sector formar quadros para melhorar os trabalhos de manutenção e estarem mais próximos dos clientes, visando dar resposta às suas reclamações em tempo oportuno, bem como diminuir os buracos na cidade, ou seja, fazer as intervenções e automaticamente fechá-las, a fim de evitar acidentes e incorrer em mais custos para as empresas.
Energia
Por sua vez, o novo secretário de Estado para a Energia disse ter recebido orientações claras do Presidente da República, pelo que irá trabalhar para corresponder aos esforços do Executivo para o desenvolvimento do sector.
Segundo Arlindo Bota Manuel Carlos, o foco passa igualmente pela continuidade de todos os trabalhos já realizados até à data, para aumentar a taxa de electrificação nacional, que actualmente é de 44%, com vista à melhorar as condições de investimento que impulsionam a economia do país.
Desafios para Malanje
Já o vice-governador de Malanje referiu que os desafios são grandes, não só nos sectores de energia, águas e telecomunicações, mas, principalmente, porque a província carece de muito desenvolvimento em várias áreas, pelo que irá trabalhar e dar o seu melhor no sentido de alavancar o crescimento da província.
Sobre o PIIM, Duarte André Ginga informou que Malanje é das piores em termos de cumprimento, com menos de 50 % de implementação, por isso o desafio é reverter esse quadro. “Vamos trabalhar para melhorar”, disse. PA/VC/ADR