Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, recentemente, que o Executivo angolano tem trabalhado para que os EUA invistam em Angola, bem como ter o mercado norte-americano como destino do investimento angolano.
Em entrevista ao jornal norte-americano The New York Times, publicada esta quinta-feira, para abordar a visita do Presidente dos EUA, Joe Biden, de 2 a 4 de Dezembro, asseverou que, para o efeito, é fundamental esta deslocação do homólogo norte-americano.
Indagado sobre o que espera da visita do presidente Biden, respondeu que transmite um sinal de confiança aos negócios dos EUA e é uma maneira de convidar os empresários norte-americanos a investir em diversos sectores da economia do país.
“Até agora, o investimento dos EUA que tivemos está focado apenas na indústria de petróleo e gás. Esperamos que com sua chegada, possa haver uma diversificação do investimento dos EUA nas várias áreas de nossa própria economia”, reforçou.
Sobre a eleição de Donald Trump, o Presidente João Lourenço afirmou que a mudança na presidência norte-americana não preocupa Angola, pois o que tem de ser feito é trabalhar “com aqueles que estão no poder”.
“Minha opinião é que ele merece a confiança dos eleitores dos EUA. E é com ele que Angola e todos os países do mundo terão que trabalhar se quiserem manter relações com os Estados Unidos”, fundamentou o Chefe de Estado.
Em relação ao corredor do Lobito, o Presidente deixou claro que vai servir para exportar minerais no interesse dos países africanos, para além de servir para o escoamento de produtos agrícolas e facilitar a instalação de indústrias.
Questionado sobre a dívida com a China, referiu que Angola está ciente de que ter esta dívida vinculada ao petróleo é desvantajoso para o país, mas está a cumprir a sua palavra.
“Se você me perguntasse agora se eu teria que tomar um novo empréstimo nas mesmas condições, eu diria que não”, clarificou.
Durante a entrevista, o Presidente angolano também disse que o mundo não é feito de apenas dois países, pelo que Angola também tem relações políticas, económicas e diplomáticas com a maioria dos países do mundo. ART