Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, anunciou, esta sexta-feira, a inauguração, dentro de 15 dias, do novo Hospital Geral de Ondjiva, na província do Cunene.
Em declarações à imprensa, após a inauguração do Hospital Geral de Cacuaco Heróis do Kifangonfo, lembrou que a nova unidade hospital vem substituir o anterior destruído parcialmente por um incendiou ocorrido em 2020.
Recordou que recentemente foi inaugurado o Hospital Municipal do Luau, na província do Moxico, que substitui um que também havia sido destruído por um incêndio.
As obras do novo Hospital Geral de Ondjiva, no bairro Naipalala III, orçado em 52 milhões de euros, iniciaram em 2021.
O hospital contará com serviços de Pediatria, Obstetrícia, Endoscopia, Oftalmologia, Estomatologia, Urgência, Cirurgia, Raio X simples e computarizada (TAC), Fábrica de Oxigénio, Hemodialises, bem como um jango para acolher familiares de doentes, Psiquiatria, entre outros de apoios.
Recursos humanos
A componente de recursos humanos que vão assegurar o funcionamento do novo hospital de Ondjiva está acautelada.
Para o efeito, 45 médicos fizeram várias especialidades fora da província e outros a nível local.
Por outro lado, o Ministério da Saúde mobilizou alguns especialistas mais experientes para assegurar os serviços do novo hospital.
Gradualmente vão ser admitidos funcionários, até que se complete o quadro normal, que é de mais de 1.300 profissionais.
O hospital, com 26 blocos, terá quatro unidades de internamento, igual número de blocos operatórios, unidade de hemodialises com 12 cadeiras, banco de sangue, internamento psiquiátrico, incluindo oito residências para médicos.
A unidade sanitária terá 220 camas de internamento.
Crescimento do Sistema Nacional de Saúde
A construção de hospitais, centros e postos de saúde visa garantir que os serviços de saúde chegam a todos os que deles necessitam.
Desde 2017, o governo investiu na construção, expansão e reabilitação de mais de 163 novas unidades de saúde, das quais 155 são para cuidados primários. Deste modo, a capacidade de camas aumentou de um mínimo de 13.426 para 37.808 no período de 2017 a 2022.
O acesso aos cuidados primários de saúde triplicou, tendo passado de 25% para 70%.
O Serviço Nacional de Saúde conta hoje com 13 Hospitais Centrais e de Especialidade, seis Institutos, 26 Hospitais Gerais e Provinciais, 172 Hospitais Municipais, 800 Centros de Saúde e 2.311 postos de Saúde, perfazendo 3.325 unidades.
Em 2017, apenas três províncias dispunham de serviços especializados de hemodiálise, enquanto em 2022 esse número passou para dez províncias, com uma capacidade de atendimento de mais de três mil utentes por semana. Foram construídos de raiz oito hospitais de referência nacional.
Por isso, a carteira de projectos a nível central prevê 31 projectos de investimento público, com destaque para 14 hospitais gerais, três hospitais materno-infantis de nível terciário, 10 unidades de tratamentos especializados, com realce para os futuros Hospital dos Queimados, Hospital de Oncologia, Hospital de Traumatologia e Hospital de Oftalmologia.
Foi já reinaugurado o Hospital Especializado Neves Bendinha, o Hospital Geral de Caxito, de Viana, o Hospital Militar Principal e há perspectiva de se inaugurar os hospitais gerais do Sumbe, Ondjiva, de Ndalatando, o Hospital Geral Pedalé (em Luanda) e o Hospital Municipal do Luau.
Serão ainda construídos os Hospitais Gerais da Catumbela, do Bailundo, do Dundo, de Malanje, e concluído o Hospital Geral de Mbanza Kongo.
Ao nível local, no âmbito do PIIM, estão em construção 163 unidades sanitárias que vão aumentar a cobertura nos níveis de proximidade. Só na última legislatura, ingressaram para o serviço público de saúde 41.093 novos profissionais, de entre médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, técnicos de apoio hospitalar e técnicos do regime geral.
Praticamente todos os médicos formados no país e no exterior foram enquadrados e cerca de 80% dos funcionários foram colocados nos municípios e promovidos 53.461 funcionários do sector da saude. Até 2027, prevê-se admitir cerca de 10.800 médicos e 78.500 enfermeiros para integrarem as unidades sanitárias em construção e a construir. ART