Luanda - A situação sanitária em África, com realce ao vírus Mpox (varíola dos macacos ), esteve em análise, na audiência que o Presidente da República, João Lourenço, concedeu esta sexta-feira, ao director-geral do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (UA), Jean Kaseya.
O Mpox (anteriormente denominada monkeypox) é uma doença infecciosa que afecta seres humanos e outros animais.
Os sintomas iniciais são febre, dores de cabeça e musculares, aumento do volume dos gânglios linfáticos e fadiga.
Após a audiência no Complexo Presidencial do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em declarações à imprensa, Jean Kaseya explicou que a questão do Mpox é preocupante em vários países de África e se não houver cautela poderá tornar-se numa pandemia, pior do que a da Covid-19.
“Por essa razão, urge o desencadearmo de acções concretas a partir deste momento”, afirmou o especialista em saúde da União Africana.
Informou que agradeceu ao Estadista angolano pelo facto de ter manifestado disponibilidade em encorajar acções, para mitigar o alastramento da doença.
Jean Kaseya, que esteve durante alguns dias em visita de trabalho a Angola, manifestou a sua satisfação pelos avanços alcançados no país no domínio da saúde.
Explicou que recebeu informações da ministra angolana da Saúde, Sílvia Lutucuta, sobre o estado sanitário do país.
O responsável mostrou-se satisfeito pelo facto de as autoridades angolanas evitarem a propagação da cólera e ebola e por não ter registo de nenhum caso de Mpox.
O vírus da Mpox é do género ortopoxvírus. A doença pode ser transmitida durante o manuseio de carne de animais selvagens, por uma mordedura de animal, por fluidos corporais, objectos contaminados ou pelo contacto próximo com uma pessoa infectada. AFL/VIC