Luanda - A situação na Região dos Grandes Lagos esteve em abordagem, esta segunda-feira, durante uma audiência em que o Presidente angolano, João Lourenço, recebeu o enviado especial da ONU, Huang Xia.
Trata-se do enviado especial do secretário-geral da ONU para a Região dos Grandes Lagos, Huang Xia, que afirmou ter o encontro servido, também, para ter o entendimento do Presidente João Lourenço sobre a Região.
Em declarações à imprensa, no final do encontro, Huang Xia anunciou que a 26 deste mês fará um pronunciamento na sede da ONU, em Nova Iorque, Estados Unidos da América (EUA), relativo à situação nos Grandes Lagos.
Para Huang Xia, a situação na Região inspira cuidados, daí ter sublinhado a necessidade de haver um trabalho conjunto entre os estados membros, a fim de se inverter o quadro de crise reinante.
O alto funcionário da ONU informou que felicitou o Presidente João Lourenço pela reeleição no cargo e sublinhou a importância que isso representa para a região.
Destacou o facto de nos últimos dez anos Angola ter jogado um papel importante na pacificação da Região dos Grandes Lagos, em particular, e de África, no geral.
A tensão na Região dos Grandes Lagos subiu no início deste ano entre os vizinhos Ruanda e República Democrática do Congo (RDC).
Em Março último deu-se o reinício dos combates entre o exército da RDC e o movimento de 23 de Março (M23), que, de acordo com Kinshasa, é apoiado pelo país vizinho.
O conflito entre a República Democrática do Congo (RDC) e os vizinhos Ruanda e Uganda é antigo.
Angola preside a Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos e tem multiplicado as iniciativas para pacificar a região.
Nessa condição, o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, foi mandatado pela União Africana para mediar o conflito.
A Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) foi criada com o objectivo de resolver questões de paz e segurança, após os conflitos políticos que marcaram a região, em 1994.
São membros da CIRGL Angola, Burundi, República Democrática do Congo, República Centro-Africana, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e República do Congo.