Luanda – O Presidente da República, João Lourenço, analisou esta quinta-feira, em Luanda, com membros do Executivo, os caminhos seguintes da relação com os Estados Unidos da América (EUA), depois do encontro, na Casa Branca, realizado há uma semana, com o Presidente Joe Biden.
Ao falar à imprensa, no final do encontro, o ministro de Estado da Coordenação Económica, José de Lima Massano, informou que a reunião visou analisar o andamento da cooperação nos domínios militar, de defesa e segurança, infra-estruturas, telecomunicações, transportes, saúde, agricultura, comércio, entre outros.
A ideia e ir-se potenciando essa cooperação, dado o novo momento nas relações entre Angola e os Estados Unidos da América.
Referiu que talvez o mais relevante para a comunidade empresarial seja as oportunidades que se abrem para exportação de mais produtos “Feito em Angola”, assim como a indicação da disponibilidade do apoio a iniciativas privadas no país.
O ministro José Massano acrescentou que será necessário criar-se todos os termos operacionais para assegurar que este novo momento se materialize com ganhos efectivos para os dois países, particularmente para a economia angolana, para os cidadãos.
Do lado empresarial privado, destacou a oportunidade de mais projectos poderem ser financiados com apoio de instituições financeiras norte-americanas.
“Em termos muito gerais, foi este o âmbito deste encontro de hoje, realizado por iniciativa de sua Excelência Presidente da República”, frisou.
Em relação ao cepticismo que poderá surgir relativamente aos resultados práticos, o ministro de Estado da Coordenação Económica reafirmou que se está a viver de facto um novo momento e os desenvolvimentos mais recentes demonstram um caso concreto, apresentando como exemplo o corredor de Lobito, em que as entidades que ganharam a concepção para exploração contam também aí já efectivo com apoio financeiro de entidades norte-americanas.
Informou que os EUA anunciaram, e está em curso, um programa de investimentos a nível de infra-estruturas para os países menos desenvolvidos, em que Angola foi seleccionada.
A expectativa, adiantou, é ter-se mais meios à disposição para se continuar a desenvolver o país.
Destacou igualmente a parceria da União Europeia com países menos desenvolvidos, da qual Angola consta também, seleccionada do primeiro lote para beneficiar deste apoio para as infra-estruturas.
Destacou a relação de maior proximidade que visa possibilitar a economia angolana a ter maiores condições de exportar bens para os EUA, no âmbito do AGOA, assim como atrair mais investimentos norte-americano para Angola nos mais variados domínios.
Acrescentou que Angola, doravante, terá que continuar a trabalhar para que as acções preconizadas sejam materializadas, com destaque para a disponibilidade de financiamento para o sector empresarial privado, com oportunidade de mais projectos serem financiados.
Explicou que perante um quadro de maior proximidade e mais abertura os ganhos, naturalmente, não são visíveis do dia para noite, mas existe um caminho e um quadro de oportunidades, do qual se deve tirar maior proveito possível.
Enfatizou que a responsabilidade recai sobre o Governo de Angola e depois há o sector privado, onde se esperam as maiores conquistas, pois, por um lado, existirão mais empresas norte-americanas a operarem em Angola, sendo o mais relevante as oportunidades que serão colocadas àquelas empresas que já operam no país e que têm iniciativa e capacidade de fazer crescer os seus negócios e precisam de capacidade financeira.
“Portanto, temos esta janela de oportunidade. Temos todos que nos organizar e tirar maior proveito deste novo quadro da cooperação entre Angola e EUA”, finalizou. PA/VC