Luanda – Cento e 50 vistos diversos são emitidos diariamente pela Embaixada de Portugal em Angola, no âmbito do acordo de mobilidade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), rubricado em Julho de 2021.
Esta informação foi fornecida terça-feira, em Luanda, pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, Francisco André, que visitou Angola durante cinco dias, para fortalecer a cooperação bilateral e multilateral.
O acordo sobre a mobilidade entre os Estados-Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi assinado durante a XXVI Reunião do Conselho de Ministros da CPLP, realizada em Luanda, capital angolana, no dia 16 de Julho, e vigora desde 1 de Janeiro de 2022, em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Portugal, Guiné-Bissau e Angola.
O mesmo visa promover uma maior mobilidade e circulação no espaço da CPLP, e reconhece e salvaguarda os compromissos internacionais em matéria de mobilidade que os Estados-Membros da CPLP assumiram, no quadro da respectiva integração regional
Em conferência de imprensa de balanço da sua visita de trabalho a Angola, o secretário de Estado português informou que até ao início do presente ano, a capacidade de emissão de vistos era de 60, número já suplantado.
“Desde Julho a Dezembro de 2021, fruto das alterações introduzidas no sistema de funcionamento de vistos em Luanda, a capacidade de emissão de vistos aumentou em cerca de 400 por cento. Isto, ainda não responde todas as necessidades, anseios e expectativas dos cidadãos angolanos que querem deslocar-se a Portugal”, disse o responsável.
Francisco André anunciou que, nos próximos tempos, o seu país vai reforçar a Embaixada com meios humanos e técnicos, para a melhoria do atendimento, no intuito de garantir e assegurar a mobilidade entre os povos e alimentar essa “relação tão especial” que une angolanos e portugueses.
Angola e Portugal mantêm relações diplomáticas desde 9 de Março de 1976 e possuem um acordo geral de cooperação. Actualmente, cooperam nos domínios da cultura, da economia, da educação, do ensino, da investigação científica, da formação de quadros, da indústria, dos petróleos e energético.
Os dois governos aprovaram um protocolo bilateral sobre a facilitação de vistos nacionais, em passaportes comuns ou ordinários.