Lubango – Entidades políticas e religiosas reforçaram hoje, quarta-feira, no Lubango, província da Huíla, a necessidade dos eleitores afluírem às assembleias de voto e a aguardarem "serenos" pelos resultados em casa.
O arcebispo metropolita do Lubango, dom Gabriel Mbilingi, que votou na assembleia 10.735, defendeu o exercício do voto em ambiente de harmonia e fraternidade, para que este evento decorra "em paz e o resultado seja aceite e reforce a reconciliação nacional".
“Quer agora neste dia decisivo, quer no ambiente em que se aguarda a publicação final dos resultados, o comportamento dos angolanos deve ser de tolerância e respeito pela escolha da maioria, para que tudo continue tranquilo e as eleições venham representar uma verdadeira bênção ao país”, disse.
Por sua vez, o presidente da Igreja Evangélica Sinodal de Angola (IESA), Dinis Eurico, que votou na assembleia 10.710, ressaltou que a mensagem é que todos afluam e se esforcem a fazê-lo, porque só assim os angolanos poderão cobrar mais aos que vão dirigir o país.
O pastor sublinhou que "quanto mais afluência, mais ganha Angola e a paz", augurando justiça e reconciliação entre os angolanos e mais atenção aos pobres.
Ao falar à saída da assembleia 10.804, na Zona Industrial do Lubango, onde votou, o governador da Huíla, Nuno Mahapi, disse que o cenário é de uma “verdadeira festa da democracia” e que todos habilitados devem participar.
Salientou que todo sistema está organizado e as condições criadas, exortando os huilanos à disciplina.
“Vamos deixar que os órgãos competentes realizem o seu trabalho e esperar os resultados com serenidade”, concluiu.
O secretário Provincial da UNITA, Augusto Samuel, votou na assembleia 10.725 e também apelou à afluência às urnas, para evitar a abstenção, porque só assim se legitima o próximo governo.
Para o político, pouco importa quem vai ganhar, mas que o governo que sair destas eleições deve ser votado pela maior parte da população, admitindo que o processo de votação está a decorrer com normalidade e sem incidentes e garantindo que a UNITA defende eleições pacíficas e democráticas.
A secretária do PRS na província, Júlia Kaquene, votou na assembleia 10725 e disse ser importante que nestas eleições não vença a abstenção, consderando importante a população dHuíla a afluir às assembleias.
Manifestou satisfação por os huilanos terem cumprindo com os apelos de evitar sentar ao redor das assembleias, pois "pela ronda que fez não notou" este gesto.
O secretário provincial da FNLA, Mbemba Simão, que votou na assembleia 10.731, reforçou, igualmente, o apelo ao voto e à necessidade de os militantes do partido dirigirem-se à casa após a votação, porque permanecer nasimediações das assembleias “não resolve nada”.
A província da Huíla tem mil 457 assembleias de voto e um milhão 235 mil 527 eleitores, correspondendo a 8.6 por cento da população nacional votante.
As oito formações políticas (MPLA, UNITA, FNLA, PRS, CASA-CE, PHA, P-NJANGO e APN) disputam os votos de 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 residem no estrangeiro e votam, pela primeira vez, nestas quintas eleições da história de Angola, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.