Luanda - O comandante-geral da Polícia Nacional (PN), Paulo de Almeida, reiterou hoje (quarta-feira) o apoio da instituição aos efectivos com deficiência física adquirida no desempenho das suas funções.
Segundo o oficial superior, a PN garante o seu compromisso em ajudar com os meios existentes todos aqueles que estão em casa impossibilitados de cumprirem com os seus deveres dentro da instituição.
Paulo da Almeida falava à imprensa, depois de fazer a entrega de uma residência e de 43 motorizadas a igual número de polícias deficientes, no quadro das comemorações do 45º aniversário da Polícia Nacional (PN), que se assinala domingo.
Referiu que o acto serve também para homenagear a todos que, ao longo dos anos, deram a vida e sacrificaram-se para garantia da ordem e tranquilidade pública no país.
Argumentou que estes cumpriram com o seu dever de juramento, por isso “não queríamos deixar de louva-los com sinais singelos da nossa gratidão”.
“Uma ajuda possível, mas diminuta em relação àquilo que deram para o país. Estão aqui exemplo de sacrifícios da polícia, daqueles que querem paz, tranquilidade e ordem”, acrescentou.
Para sub-chefe João Lemos, que foi agraciado com uma moradia, no complexo habitacional Oasis (Zango), o gesto só vem engrandecer a corporação e valorizar àqueles que por muito tempo lutaram para proteger os cidadãos dos malfeitores.
Colégio de Polícia
Na jornada de campo, que culminou com o descerrar da placa do Colégio de Polícia Comandante Ekuikui (antigo Centro Polivalente Nzoji), Paulo de Almeida reconheceu igualmente o trabalho dos polícias já falecidos ao longo dos 45 anos.
Ao intervir no acto, o comissário Correia Laureano, director do colégio, referiu que a nova instituição "herdou" as infra-estruturas do ex-Centro Polivalente Nzoji e passa a ministrar formações do I Ciclo do Ensino Geral e II Ciclo do Ensino Técnico Profissional, à luz do Decreto Presidencial 152/19.
Acrescentou que, nele, estão matriculados para o presente ano lectivo cerca de mil e 70 alunos, sendo 512 internos e os restantes externos.
Já o patrono do colégio, o ex-comandante-geral Alfredo Ekuikui mostrou-se regozijado pela homenagem e pediu aos instruendos a dedicarem-se às aulas para que, no futuro, possam tornar-se bons polícias.
"Vamos continuar a apoiar todos os polícias que, no cumprimento do seu dever, deixaram de garantir a ordem e tranquilidade públicas", ressaltou.
O Dia da Polícia Nacional assinala-se a 28 de Fevereiro, por ser numa data como esta que, em 1976, o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, visitou a Escola de Polícia Mártires do Kapolo, em Luanda, onde presidiu à cerimónia de juramento de bandeira de 383 polícias, dos quais 102 do sexo feminino.
A Polícia Nacional tem origem na antiga Polícia de Segurança Pública (PSP), da administração colonial portuguesa, e que, com a independência da República de Angola, em 1975, foi reformulada, dando origem ao Corpo de Polícia Popular de Angola (CPPA).
Após várias reorganizações, resultado da integração dos diversos organismos policiais e não-policiais, o CPPA passou a denominar-se Corpo de Polícia de Angola (CPA), Polícia Nacional (PN), em 1993, denominação que se mantém até a actualidade.