Luanda – O procurador-geral da República (PGR), Hélder Pitta Grós, mostrou-se confiante, esta quinta-feira, em obter "bons resultados" no caso da empresária Isabel dos Santos, acusada de vários crimes contra o erário.
Isabel dos Santos é acusada de peculato, burla qualificada, abuso de poder, abuso de confiança, falsificação de documento, associação criminosa, participação económica em negócio, tráfico de influências, branqueamento de capitais, fraude fiscal e fraude fiscal qualificada.
Ao falar à imprensa, à margem do 28º Conselho Consultivo da PGR, Hélder Pitta Grós disse que a convicção é fruto do fortalecimento da cooperação com alguns países envolvidos, nomeadamente oos Emirados Árabes Unidos, onde a empresária reside actualmente.
“Sentimos que há bastantes melhorias na forma como estavam a ver o processo e como estão a analisar actualmente, com a troca de informação entre as partes e, portanto, acredito que vamos num bom caminho”, assegurou.
Num dos processos, Isabel dos Santos teria causado ao Estado angolano prejuízos superiores a 208 milhões de dólares americanos, envolvendo salários indevidamente pagos, vendas fraudulentas, fuga ao fisco e pagamentos ilegais a empresas.
Entre as várias irregularidades registadas, o Ministério Público angolano aponta para um esquema de gestão paralela e contratos celebrados com empresas a ligadas à própria empresária, através das quais foram feitos os pagamentos ilegais.
Contrabando de combustível
Por outro lado, relativamente ao contrabando de combustível, fez saber que a PGR tem trabalhado em algumas denúncias em sua posse que só deverão ser tornadas públicas quando forem reunidas meios e provas suficiente para imputar responsabilidades.
“Muitas vezes há denúncias que não existem provas suficiente para de imediato a apontar nomes, desta forma, na medida que esses processos forem sendo concluído e tiver prova consolidada aí poderemos tornar público”, explicou. MGM/SC