Harare (Do enviado especial) – O novo presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e chefe de Estado do Zimbabwe, Emmerson Dambudzo Mnagagwa, está no poder, no seu país, desde 24 de Novembro de 2017.
Foi eleito pela primeira vez, em 2018, e reeleito em 2023, durante as eleições gerais desse ano.
Durante muito tempo, foi Vice-Presidente da República, na era do seu antecessor Robert Mugabe, até Novembro de 2017, e ocupou vários outros cargos governamentais.
Casado e pai de nove filhos, Emmerson Mnagagwa nasceu, em 15 de Setembro de 1942, em Shabani, na Rodésia do Sul, de pais agricultores.
Na década de 1950, ele e a sua família foram forçados a mudar-se para a Rodésia do Norte devido ao activismo político do seu pai, tornando-se muito activo na política anticolonial.
Em 1963, juntou-se ao Exército Africano de Libertação Nacional do Zimbabwe, ala militar da União Nacional Africana do Zimbabwe (ZANU), actual partido no poder.
Estudou Direito na Universidade da Zâmbia e exerceu advocacia durante dois anos, antes de ir para Moçambique para voltar a juntar-se à ZANU, onde viria a ser designado assistente e guarda-costas de Robert Mugabe.
Nessa qualidade, acompanhou Mugabe na assinatura do Acordo de Lancaster House, que resultou na Independência nacional do Zimbabwe, reconhecida em 1980.
Após a independência, Mnangagwa ocupou uma série de cargos importantes no gabinete de Mugabe.
De 1980 a 1988, foi o primeiro-ministro da Segurança do Estado do país e supervisionou a Organização Central de Inteligência (CIO), antes de ser nomeado ministro da Justiça, Assuntos Jurídicos e Parlamentares, cargo que ocupou, de 1989 a 2000.
Foi presidente do Parlamento, de 2000 a 2005, mas acabou despromovido a ministro da Habitação Rural, alegadamente por competir abertamente para suceder a Mugabe.
Mais tarde, recuperou a confiança de Mugabe e dirigiu, durante as eleições gerais de 2008, a campanha deste último.
Também serviu como ministro da Defesa, de 2009 a 2013, quando voltou a ser ministro da Justiça.
No ano seguinte (2014), foi nomeado primeiro Vice-Presidente da República e passou a ser amplamente considerado um dos principais candidatos à sucessão de Mugabe. IZ/DC