Lubango – A direcção dos Serviços Prisionais na Huíla adaptou os lavados e corredores em celas, para mitigar o problema da lotação excessiva no estabelecimento, cuja capacidade é de 520 reclusos, mas acolhe três vezes mais.
Há dois anos, o Governo da Huíla reabilitou e ampliou a ala feminina, onde esse problema de sobrelotação deixou de ser preocupação, mas a parte masculina vive o dilema há mais de dez anos.
Segundo o director desses Serviços na Huíla, subcomissário-prisional Catela Montenegro de Carvalho, a superlotação cria constrangimentos ao processo de reeducação dos reclusos, assim como propicia o aparecimento de doenças.
Sem avançar detalhes, assinalou que a situação “é agravada”, sobretudo, pelo número “elevado” de detidos com a prisão preventiva vencida.
Admitiu que na situação actual, a penitenciária não está em condições de receber novos condenados ou detidos. A sua capacidade é de 520 presos, mas tem em reclusão perto de mil e 500.
Recentemente, o coordenador da Região Judiciária Sul da Procuradoria Geral da República (PGR), Vanderley Mateus, manifestou preocupação com a situação de detidos, já interrogados, mas sem a medida de coação pessoal aplicada.
Muito desses detidos permanecem nas celas dos comandos, porque já não há espaço na penitenciária, segundo o magistrado.
Para além do Lubango, os Serviços Prisionais dispõe de duas colónias agrícolas penais em Caluquembe e na Matala, neste último está a ser ampliado o estabelecimento. MS