Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, escreveu, esta terça-feira, que a paz e a reconciliação nacional são valores intrínsecos ao rosto de Angola que devem ser exportados além-fronteiras por cada angolano.
Na sua página do Facebook, referiu que a Bienal de Luanda constitui um instrumento importante para o fomento da cultura de convivência pacífica no continente.
Sublinhou que o encontro deve influenciar políticos e sociedade civil, pois a paz e a não violência são sinónimos de desenvolvimento.
Lembrou que a Bienal de Luanda, uma iniciativa da República de Angola, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e da União Africana (UA), decorre a partir quarta-feira até sexta-feira.
"Bem vindos a Luanda", desejou o Chefe de Estado aos mais de 850 participantes de 62 países e mais 50 parceiros, com destaque para Estadistas africanos.
O evento vai congregar, como oradores, os antigos presidentes da Nigéria, Moçambique e do Malawi, Olusengu Obasanjo, Joaquim Chissano e Joyce Banda.
A lista de oradores inclui ainda os presidentes da União Africana, Azali Assoumani, da Comissão da União Africana, Moussa Mahamat, e o Conselheiro da União Africana, Kgalema Motlanthe.
Confirmadas estão as presenças dos presidentes de Cabo Verde, José Maria Neves, São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, e da Etiópia, Sahle-WorkZewed, bem como o vice-presidente da Namíbia, Nangolo Mbumba, e da primeira-ministra da Guiné Equatorial, Manuela RokaBotey.
Para o efeito estão agendados seis painéis de diálogo, no formato de mesa redonda, dos quais destaca-se o I Painel denominado o Diálogo Intergeracional de Alto Nível, que terá como oradores os Chefes de Estados.
Para assegurar uma ampla participação, o fórum adoptará um formato híbrido das sessões, com participações presencial e virtual no primeiro e segundo dia.
O programa prevê, também, actividades paralelas, tais como um concerto musical da ResiliArt Angola, com cantores cabo-verdianos, camaroneses e angolanos, exposição de artes e a actuação do grupo nacional de Dança Sassa Tchokwé, bem como momentos de artistas de música gospel.
Dentre os resultados esperados nesta 3ª edição da Bienal de Luanda, destaque recai para o aprofundamento da partilha de visões sobre a cultura de paz, segurança, cidadania africana, democracia no continente, com a edificação de sociedades mais pacíficas, transformando atitudes e abordagens nos domínios da política, economia e cultura, para o fortalecendo dos pilares do progresso integral do continente.
Espera-se ainda a articulação com a União Africana para a preparação e realização das actividades do continente inerentes à Paz e Reconciliação em África, em virtude da designação do Presidente da República, João Lourenço, como Campeão da Paz e Reconciliação da União Africana.
A Bienal de Luanda serve como plataforma de implementação do "Plano de Acção para uma Cultura de Paz em África/Actuemos pela paz", adoptado em Março de 2013, em Luanda, no Fórum Pan-Africano "Fontes e Recursos para uma Cultura de Paz".VIC/ADR