Talatona - O ministro das Relações Exteriores,Teté António, considerou, esta sexta-feira, a paz como uma condição primária para a implementação e desenvolvimento de qualquer acção governativa.
O governante, que falava na abertura da 57ª reunião ministerial do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas a decorrer em Luanda, referiu que, no âmbito da prevenção da paz, a mediação é o instrumento que se deve privilegiar para a resolução pacífica de conflitos.
Teté António referiu que Angola tem se empenhado cada vez mais na procura de soluções pacíficas para a região, em particular, para melhoria das relações entre a república do Rwanda e a República Democrática do Congo (RDC), no âmbito do processo de Luanda.
Para que a mediação seja eficaz, disse o ministro, a complementaridade constitui uma mais-valia para o alcance dos resultados capazes de atingir os objectivos da paz, e imbuído deste espírito, Angola defende a coordenação entre actores e instituições engajados.
Teté António explicou que a cooperação entre as Nações Unidas e as organizações regionais, bem como a parceria com outras instituições regionais, como a União Europeia (EU) e actores individuais ou colectivos, reforçam a acção da mediação, prevenção e resolução de conflitos.
De igual modo, destacou o uso de mecanismos que estabelecem os painéis de sábios da União Africana, das organizações regionais e subregionais, bem como os mecanismos que levam em consideração a dimensão da mulher para continuar a merecer especial atenção.
Em relação à situação de conflitos e de tensão que a região da África central ainda enfrenta, o ministro frisou ser ainda necessário que todos os Estados se engajem para a resolução, "sobretudo pelo facto de existir uma interdependência entre os Estados, para além dos laços de consanguinidade e fraternidade que unem os povos da nossa região", disse.
Por seu turno, ao abordar a situação de segurança em certos Estados membros da Comunidade, o antigo presidente do Rwanda, Charles Rudakubana, disse que será sempre um motivo de preocupação.
Explicou que a África Central está marcada pela presença de conflitos que enfraquecem os seus Estados e implica uma estreita colaboração com os espaços da região.
Por essa razão, disse haver necessidade de se resolver os conflitos na África Central e apoiar todas as boas iniciativas de melhoria da situação de segurança na região.
Lembrou que a ameaça de segurança na região, piratagem marítima no Golfe da Guiné, a crise migratória, as mudanças climáticas, terrorismo, estremismo violento e aproliferação de grupos armados suscitam reflecções concertadas para se encontrar soluções adeaquadas e evitar instabilidade na região.
segundo ele, a resolução do conflito no leste da RDC preocupa a todos e passa pela apresentação de uma solução política, sendo que as Nações Unidas apoiam as iniciativas de paz que beneficiam tros países da região.
Constituem o Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas Encarregue pelas Questões de Segurança na África Central (UNSAC), Angola, Burundi, Gabão, Camarões, República do Congo, República Democrática do Congo (RDC), São Tomé e Príncipe, Rwanda, Tchade, República Centro-Africana (RCA) e Guiné Equatorial.VS/MAG