Ondjiva – Responsáveis de partidos políticos reiteraram, no último fim-de-semana, na província do Cunene, a contínua promoção de acções que visam a preservação da paz e o reforço da estabilidade socioeconómica do país.
Em declarações à ANGOP, a propósito dos 33 anos dos acordos de Bicesse, assinalados a 31 de Maio, relembraram que a data marcou um facto de maior significado, abrindo caminhos para o fim do conflito armado no país.
Para o secretário do PRS no Cunene, Miguel Ndapewovano, os Acordos de Bicesse foram uma demonstração patriótica entre os angolanos que na altura sentiram necessidade de acabar com a guerra.
Lembrou que depois dos efeitos negativos da guerra, a 4 de Abril de 2002 conquistou-se a paz que permitiu uma convivência pacífica, um bem que deve ser preservado para o bem-estar dos angolanos.
Miguel Ndapewovano disse que para dignificar a importância da data a juventude deve cultivar patriotismo, princípios e valores de um cidadão exemplar, para que situação do passado não volte a acontecer no território nacional.
Para o secretário da UNITA, Torga Pangeiko, os Acordos de Bicesse representaram o início da viragem do sistema monopartidário, dando lugar ao multipartidarismo, com principal objectivo da construção do estado democrático de direito.
Torga Pangeiko referiu que o patriotismo e a coragem política das partes em conflito foram determinantes para optar pela via do diálogo directo, cimentar a reconciliação nacional, estabelecer o regime democrático e construir uma Nação livre.
Por seu turno, o representante do Conselho de Igrejas Cristãs Angola (CICA) no Cunene, João Gimbi, disse que o conflito vivido causou muitos danos, daí que o conselho é de cada um trabalhar para a permanência da paz.
O reverendo sublinhou ser preciso caminhar juntos na rota do sossego, materializando os diversos projectos do Governo e oferecer às novas gerações uma nação cada vez melhor..
Os Acordos de Bicesse, também conhecidos como Acordos do Estoril, foi um acordo sobre cessar-fogo, reconciliação nacional e transição para a democracia multipartidária, celebrado entre o governo de Angola e o então grupo guerrilheiro UNITA. PEM/LHE/ART