Luanda - A participação do Presidente da República, João Lourenço, na Cimeira Extraordinária da União Africana (UA), em Kampala (Uganda), constituiu destaque do noticiário da semana que hoje, sábado, finda.
O Chefe de Estado angolano presidiu aos trabalhos desta Cimeira Extraordinária, consagrada ao desenvolvimento da agricultura em África.
O Presidente João Lourenço assumirá, a partir de Fevereiro deste ano, a presidência rotativa da União Africana (UA).
Desde Fevereiro de 2024, o Chefe de Estado angolano ocupa a função de primeiro Presidente da Mesa da Assembleia da UA, razão pela qual orientou a reunião de cúpula que o Uganda acolheu.
O estadista angolano anunciou, na ocasião, que o continente africano vai passar a dispor de um roteiro claro para transformar os sistemas agro-alimentares e lançar as bases do desenvolvimento sustentável.
Reconheceu que a conjuntura dos últimos anos "recorda-nos continuamente que a agricultura, muito mais do que uma actividade económica, é a chave do desenvolvimento sustentável e uma fonte inesgotável de novas oportunidades para as famílias africanas".
No decurso da semana, o Presidente João Lourenço reuniu-se, em Luanda, com o seu homólogo do Quénia, William Ruto, com quem avaliou a cooperação bilateral e questões de interesse regional, com foco na segurança e estabilidade na Região dos Grandes Lagos.
Segundo o ministro das Relações Exteriores,Téte António, a visita do estadista queniano ao país é sinal de
que a concertação e as boas relações são indicadores permanentes. "Cimentamos, mais uma vez, essa relação que, por si, já é excelente".
O Chefe de Estado dialogou também, no Palácio Presidencial da Cidade Alta, em Luanda, com o Presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat.
Em decorações à imprensa, no final da audiência, o diplomata enfatizou que a agenda 2063 da UA, que contém o projecto e o plano para o desenvolvimento do continente "vai estar em boas mãos" com a chegada do Presidente João Lourenço ao cadeirão máximo da organização continental.
Fez igualmente manchete a participação do Titular do Poder Executivo nas actividades alusivas ao Dia da Cultura, celebrado a 08 de Janeiro, na província do Huambo.
O ministro da Cultura, Filipe Zau, entregou, na ocasião, o prémio ao Chefe de Estado que a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) autorgou ao Estado angolano, em reconhecimento às valências da cultura nacional.
Por outro lado, o Presidente João Lourenço nomeou, no decurso da semana,
13 novos embaixadores, incluindo do Reino Unido, da União Europeia (UE) e China, respectivamente José Patrício, Edgar Gaspar Martins e Dalva Ringote Allen.
A par disso, o diplomata angolano Azevedo Xavier Francisco apresentou as suas cartas credenciais ao Chefe de Estado do Uruguai, Leu Lacalle Pou, a quem transmitiu uma mensagem do homólogo angolano, João Lourenço, que aborda os desafios e as aspirações da nova Angola.
Nos últimos sete dias, o Governo angolano deplorou, de forma enérgica, a tomada de Masisi, província do Kivo Norte, na República Democrática do Congo (RDC), pelo movimento M23, ocorrido no dia 04 de Janeiro.
Em comunicado, o Governo angolano sustenta que esta acção "irresponsável compromete gravemente os esforços de pacificação do conflito prevalecente na região do Leste da RDC e representa uma flagrante e inaceitável violação ao cessar fogo que vigora desde 04 de Agosto de 2024".
O Chefe de Estado angolano é o facilitador da normalização das relações político-diplomáticas, de cooperação e das tensões entre a RDC e o Rwanda. DC
