Luanda - Líderes de várias organizações da sociedade civil apelaram esta quinta-feira, em Luanda, aos cidadãos para aderirem ao registo eleitoral oficioso, no quadro das eleições gerais previstas para 2022.
Numa ronda efectuada pela ANGOP, o presidente do Conselho Directivo da Associação de Apoio aos Combatentes das Ex-FAPLA (Ascofa), Caetano Marcolino, afirmou que a organização, com mais de 70 mil associados, aposta na sensibilização dos seus membros e familiares destes, maiores de 18 anos de idade.
“O processo vai permitir que os cidadãos maiores de idade exerçam o seu dever de cidadania no quadro das eleições gerais, podendo escolher o futuro Presidente da República e deputados a Assembleia Nacional”, observou.
Sobre o mesmo assunto, o secretário para a Cooperação da Associação dos Angolanos Militares Mutilados de Guerra (Ammiga), André Hossi, aconselhou os veteranos da pátria, deficientes e órfãos a acorrerem às administrações municipais para o registo oficioso.
Questionado sobre os constrangimentos no acesso a esses locais por parte dos deficientes físicos, disse que isso não pode constituir impedimento, uma vez que os mesmos têm prioridade por causa da sua condição física.
Em sua opinião, o período é longo e permite os cidadãos escolherem um dia para exercerem o seu dever de cidadania.
Por seu lado, o especialista em direitos humanos, Leonel Kamoma, enfatizou o facto de o registo oficioso poder ser feito apenas com a apresentação do Bilhete de Identidade, sendo os dados canalizados para o ficheiro electrónico a ser entregue à Comissão Nacional Eleitoral.
Conduzido pelo Ministério da Administração do Território (MAT), o registo eleitoral oficioso, avaliado avaliado em 120 mil milhões de kwanzas. prevê recensear, durante seis meses, os angolanos com capacidade eleitoral activa.
Na primeira fase, que termina em Dezembro, será feita a actualização da base de potenciais eleitores só no país e a segunda, a decorrer de Janeiro a Março do próximo ano, vai abranger o território nacional e o exterior do país.
No país, a actualização dos dados eleitorais (residência dos cidadãos maiores, incluindo os que completam 18 anos de idade no próximo ano), vai ocorrer em 596 Balcões Únicos de Atendimento ao Público (BUAP). No estrangeiro, acontecerá nas missões diplomáticas e consulares da República de Angola.
Os 596 BUAP vão envolver mil 788 funcionários em Angola e 107 na diáspora. Calcula-se que vivam no estrangeiro cerca de 400 mil angolanos espalhados, maioritariamente, pelos continentes africano e europeu.
O ministro da Administração do Território, Marcy Lopes, tem exortado as forças políticas e a sociedade civil para a adesão dos cidadãos ao processo de actualização do registo eleitoral oficioso.