Luanda - A presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, declarou, esta quarta-feira, em Luanda, que os Estados de África, Caraíbas e Pacífico e União Europeia (OEACP-UE) fizeram história ao lançar os novos alicerces na parceria paritária, assente numa estrutura institucional a favor dos povos.
A líder do Parlamento angolano discursava na cerimónia de abertura da da 1ª Sessão Plenária Parlamentar Paritária OEACP-UE, no âmbito do novo Acordo de Samoa.
"Estou convicta que fizemos história e lançamos novos alicerces na parceria paritária assente numa nova estrutura institucional, mas que mantém o mesmo foco, a mesma coesão e a mesma determinação de fazer com resiliência cada vez mais e melhor a favor dos nossos povos", exprimiu.
De acordo com a presidente da AN, os 416 delegados que estiveram reunidos neste hemiciclo, de 17 a 21 do corrente mês, souberam interpretar a vontade dos povos que representam através do compromisso global de preservação e promoção do valor inegociável da paz e da tolerância.
Considerou esses pressupostos como o caminho fundamental para a equidade, a justiça social, a boa governação e o desenvolvimento social e humano para todos.
Indicou que, com esta visão, urge estabelecer pontes, caminhos e mecanismos para fortalecer a parceria entre os povos por uma nova dinâmica das relações paritárias e um enquadramento mais inclusivo e ampla articulação dos propósitos dos Estados.
Carolina Cerqueira disse ser necessário articular um padrão que valorize a dignidade da pessoa humana e assente numa visão holística conjunta para fazer frente aos complexos desafios impostos pela actual conjuntura geopolítica mundial.
Defendeu que a voz dos parlamentares, mais do que nunca, deve afirmar-se como arauto da paz, da tolerância, da concórdia, e do diálogo numa perspectiva comum, "apesar da diversidade de cada uma das realidades dos nossos países".
Conforme a líder do Parlamento angolano, o espírito e propósito da parceria futura entre a Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico e a União Europeia, agora relançada pelo acordo de.Samoa, encerra, em si, o ideal de relações entre os povos para o fortalecimento da democracia e o respeito pelos direitos humanos".
Noutro domínio, disse que a complexidade dos temas políticos mundiais, a crise financeira e os seus efeitos nas economias nacionais, as alterações climáticas, crise energética, segurança alimentar e nutricional, igualdade do gênero, combate à pobreza, inclusão social, combate à corrupção e tráfico de seres humanos, entre outros, têm ocupado as agendas dos Estados e que constituem uma esperança para melhoria da vida da população.
"É nosso o potencial humano alicerçado pelos milhões de jovens e mulheres que representam uma franja significativa da população mundial e que espera muito de nós, iniciativas que possam contribuir através do uso de recursos humanos, naturais e tecnológicos na promoção do desenvolvimento sustentável dos nossos países", sublinhou.
Notou que estas e outras acções motivaram a preparação do evento, em resposta a uma solicitação da Assembleia Parlamentar Paritária ao Presidente da República, João Lourenço, para que fossem criadas as condições humanas e materiais necessárias para a realização deste evento no país.
"O orgulho é nosso de termos reunido e interpretado os ideais de todos e de cada um de nós e o mérito é dos delegados, provenientes de todo o mundo que tornaram possível este magno evento, apesar da diversidade cultural e geográfica que nos separa, mas nos une nos propósitos", finalizou. DC/VIC