Lubango – O presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, defendeu hoje, domingo, no Lubango, província da Huíla, que o seu partido é o mais interessado em eleições transparentes, por isso propôs o debate sobre o assunto na Assembleia Nacional.
Ao discursar na abertura das IV Jornadas Parlamentares do seu partido, sob o lema "MPLA – Paz e Desenvolvimento", sublinhou que a iniciativa do debate visou introduzir no xadrez político nacional o tema sobre a transparência eleitoral, indicando serem os maiores interessados na temática.
“A nossa iniciativa é a demonstração inequívoca de que os processos têm sido limpos e muito mais claros, e basta ver a nossa perda percentual, de 10 por cento, nas duas últimas eleições”, frisou.
Para o dirigente do MPLA, o discurso da oposição sobre a ausência de transparência visa obstruir, por um lado, a seriedade do processo, e, por outro, manifesta a sua incapacidade em apresentar resultados à sua base de apoio, demonstrando claramente a sua desonestidade, enfatizando que "o MPLA não tem culpa dos medos deles".
Em alusão ao Primeiro de Maio, Virgílio de Fontes Pereira sublinhou que o Grupo Parlamentar do MPLA reconhece o esforço e o compromisso da classe trabalhadora do país, sobretudo no crescimento económico, pelo que estão a acompanhar com a “atenção devida” as manifestações de greves, assegurando uma mediação entre as partes, a fim de se encontrar uma solução para que as reivindicações.
“Como legítimos representantes do povo, temos de compartilhar com ele as suas preocupações, para, em conjunto, encontrarem-se soluções, por isso vamos caminhar por todos os municípios da Huíla e constatar as obras do PIIM, depois seguiremos aos restantes municípios do país e testemunhar outros programas do Governo”, salientou.
Os exemplos das obras inauguradas no Cunene e em Cabinda, recordou, são a materialização do programa do seu partido, e constituem a expressão do elevado compromisso assumido em 2017, em "corrigir o que está mal e melhorar o que está bem".
Disse esperar que os resultados das discussões nas jornadas parlamentares impactem na vida dos eleitores, tendo realçado que a escolha da Huíla “carrega um profundo simbolismo e significado político", porque o MPLA obteve, nas últimas eleições, 76,56 por cento dos votos e elegeu cinco deputados, e também pelo actual nível de implementação do PIIM.
Apelou aos deputados do seu Grupo a defenderem com responsabilidade os propósitos do MPLA, em matéria de legislação e fiscalização política, com vista ao desenvolvimento do país.
Por sua vez, o primeiro secretário do MPLA na Huíla, Nuno Mahapi, ressaltou a importância do debate interno e do contacto com as comunidades, pelo impacto na actuação do seu partido na pré e na campanha eleitoral, sublinhando que a passagem dos deputados pelos 14 municípios da província vai entusiasmar os eleitores.
As IV Jornadas Parlamentares do MPLA decorrem de 24 a 29 do corrente mês, na província da Huíla, com o foco virado para uma maior auscultação dos anseios das populações e debates de temas ligados a preparação das eleições gerais e uma reflexão sobre o antes e o pós período eleitoral.
O preço da cesta básica e a sua redução, as acções do Executivo, com incidência na melhoria das condições de vida dos cidadãos, e a execução do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) são alguns dos pontos da agenda de trabalhos.
Os deputados do Grupo Parlamentar do MPLA têm agendados encontros com fazedores de opinião, as autoridades tradicionais e algumas organizações da sociedade civil.
Nas últimas eleições gerais, realizadas em 2017, o MPLA obteve 61,70 por cento do total do votos, o que permitiu alcançar 150 assentos, dos 220 que conformam a Assembleia Nacional.