Huambo - O Presidente da República, João Lourenço, afirmou este sábado, na província do Huambo, que o número de entrada de turistas em Angola aumentou significativamente depois do anúncio, no ano passado, da isenção de vistos a cidadãos de 98 países.
Estados Unidos da América, Brasil, Portugal, Cabo Verde, Rússia e China estão entre os 98 países a que Angola deixou de exigir visto de turismo para estadias inferiores a 90 dias por ano.
O Chefe de Estado, que falava à imprensa no fim da sua visita de trabalho de 48 à província do Huambo, referiu que as informações existentes dão conta de que o número de visitantes tem sido grande, ao ponto de obrigar os serviços competentes a criarem capacidade para receber e tratar de uma cifra crescente de turistas.
Disse que Angola é grande e às vezes não vemos todos os turistas, sublinhado que responsabilidades no sector são repartidas, com o Executivo a tratar das questões burocráticas, como a isenção e a facilitação de vistos.
Avançou que do outro lado fica o sector privado, que deve construir e gerir os hotéis, resorts e similares, coadjuvado pela banca, a quem cabe facilitar o crédito bancário.
Por outro lado, considerou que o estado das vias e a desvalorização da moeda nacional não são impedimentos para haver turismo no país, pois os turistas não se importam com esses quesitos internos.
"Para os turistas que gostam de aventuras, o estado das vias, as picadas e as estradas de terra batida acabam por ser desafiadores, de igual forma que a desvalorização da moeda também não é problema", ressaltou.
Questionado sobre as estradas secundárias e terciárias em todo o país, respondeu que o assunto tem sido tratado, mas há vias que, por não serem asfaltadas, na sua maioria, exigem uma manutenção mais cuidada e regular, devido ao desgaste causado pelas chuvas.
Lembrou que no mandato passado foram adquiridas máquinas e distribuídas às províncias, com o objectivo de fazerem com regularidade a manutenção desse tipo de estradas, mas apenas algumas deram bom aproveitamento dos meios.
Para João Lourenço, a manutenção é essencial, sendo melhor ter "100 pequenas intervenções na reparação das estradas do que uma grande intervenção".
Sobre os "inputs" agrícolas, adubos fertilizantes e sementes, explicou que o Estado tem feito um grande esforço em garantir os mesmos às famílias camponesas, mas que às vezes há atrasos na distribuição dos mesmos, prejudicando as sementeiras.
Por outro lado, o Presidente da República debruçou-se sobre o aterro sanitário do Huambo, sublinhando que o projecto ficou interrompido durante 13 anos, com um grau de execução de cerca 90 por cento.
Por essa razão, frisou, neste momento a obra está degradada devido a vários factores, e, hoje, o Executivo tem de gastar muito mais, alocar recursos para concluir a obra, visando a melhoria da sanidade da cidade.
O Titular do Poder Executivo terminou; este sábado, uma visita de trabalho de 48 horas ao Huambo, que serviu, essencialmente, para inaugurar várias infra-estruturas sociais, com destaque para o Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC), Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), Centro de Cultural Manuel Rui e Centro de Hemodiálise.VIC