Luanda – As novas instalações da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), inauguradas pelo Presidente da República, João Lourenço, dignificam o país, consideraram hoje antigos presidentes desta instituição.
Em declarações à imprensa, à margem da cerimónia inaugural, Suzana Inglês, que presidiu à CNE a partir de 2012 por cerca de um ano e seis meses, disse que o edifício confere maior dignidade à instituição e acomoda melhor os seus funcionários.
Considerou o espaço mais condizente com instituições desta natureza em países da região austral.
André da Silva Neto, que liderou a instituicao nas eleições de 2017, considera estarem criadas todas as condições para se trabalhar, sem constrangimentos.
Lembrou que na altura, dois comissários trabalhavam num só gabinete e eram obrigados a se deslocar a outros lugares, para realizar o escrutínio.
Já Caetano de Sousa, o primeiro presidente da CNE (1992- 2008), afirmou ser um grande ganho ter o centro de escrutínio anexado à sede.
Lembrou que nos pleitos eleitorais de 1992 e 2008, os escrutínios foram feitos em lugares diferentes e com muitos problemas.
Para Caetano de Sousa, a nova sede da CNE, além da dignidade, garante funcionabilidade e condições de trabalho exigíveis.
Avaliada em mais de 44 milhões de dólares, as novas instalações estão localizadas entre a rua dos Coqueiros e a ex-calçada Baltazar de Aragão, é constituída por quatro pisos, erguidos numa área de cerca de 10 mil 900 metros quadrados.
No piso zero, está a área de apoio administrativo geral, o auditório e o refeitório, no primeiro o Centro de Escrutínio Nacional, com capacidade para 836 postos de trabalho e áreas de apoio.
O segundo piso acomoda 16 gabinetes de trabalho para comissários e 76 áreas para atender o funcionamento de diversas direcções, ao passo que o terceiro alberga o gabinete do presidente da CNE, a sala do plenário, com 46 lugares, e respectivas áreas de apoio.
O parque de estacionamento para 97 viaturas está na parte exterior do edifício, cuja construção começou em Setembro de 2020.
O edifício denomina-se Margaret Anstee, diplomata britânica que esteve em Angola, em 1992 em representação do Secretário-Geral das Nações Unidas, aquando da realização das primeiras eleições em Angola.