Luanda – O Presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos, Fernando Gonzalez llort, considerou, em Havana, a figura de António Agostinho Neto como um homem de pensamento crítico e de carácter firme.
O dirigente cubano falava durante o acto de abertura às homenagens ao primeiro Presidente de Angola, terça-feira, no quadro dia do Herói Nacional (17 de Setembro) marcado pela deposição de uma coroa de flores junto ao seu busto de Neto na Praça dos Heróis Africanos na capital cubana.
Durante o seu discurso, Fernando Llort afirmou que Agostinho Neto sonhou e criou uma república soberana contra todas as interferências de potências estrangeiras.
Recorreu às palavras de Fidel Castro, que considerou “Agostinho Neto um homem cujo nome ficará na história entre os líderes revolucionários que adquiriram grandes méritos junto do seu povo e do movimento revolucionário mundial”.
Para a embaixadora de Angola em Cuba, Maria Cândida Teixeira, Neto deixou um legado de esperança e resistência para os angolanos, inspirando futuras gerações a lutar por seus direitos e defender os valores da liberdade e da justiça.
Afirmou que o seu ideal de união nacional e reconstrução continua a ser um guia para os desafios que Angola enfrenta, como a luta contra a pobreza, a desigualdade e a corrupção.
A diplomata disse ainda que, para além de ser o maior símbolo da liberdade e da luta pela autodeterminação, Agostinho Neto é também símbolo e expoente da cultura angolana.
Por isso, prosseguiu, as novas gerações de angolanos devem se rever na figura do Guia Imortal, de modo que “saibamos reforçar a nossa identidade nacional e preservar a genuína idiossincrasia dos angolanos nos mais diversos domínios”.
Participaram da cerimónia de homenagem altos responsáveis do Partido Comunista e do estado cubano, para além de embaixadores e outros representantes de organizações internacionais acreditados em Cuba e representantes de organizações da sociedade civil de Cuba.
António Agostinho Neto nasceu em 17 de Setembro de 1922, na localidade de Kaxicane, Icolo e Bengo.
Proclamou a Independência de Angola a 11 de Novembro de 1975 e morreu em 10 de Setembro de 1979. ART