Luanda – Angola submeteu a sua candidatura para acolher o Campeonato Mundial de Natação em Juniores em 2027, anunciou, esta sexta-feira, em Luanda, o ministro da Juventude e Desportos, Rui Falcão.
O governante prestou a informação à imprensa, no final da audiência que a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, concedeu ao presidente da Federação Internacional de Natação (FINA), Husain Al Musallam, e ao vice-presidente da Federação Internacional de Natação e presidente da Confederação Africana de Natação, Sam Ramsany.
“Em princípio está aceite a candidatura. Temos aqui três federações internacionais que deram o seu aval. Vamos continuar a trabalhar para cumprir o caderno de encargos”, explicou.
Informou que está marcada uma reunião da Federação Internacional da modalidade, em Luanda, para abordagem do assunto.
Lembrou que o país está a albergar o Campeonato Africano da modalidade com a participação de 42 países, mas no evento mundial perspectiva-se a vinda de 200 nações.
Por isso, disse, é necessário criar-se outro nível de infra-estruturas e apoio logístico, no sentido do país ser capaz de realizar esta actividade com qualidade.
Rui Falcão avançou ainda que, durante o encontro com a Vice-Presidente, foi analisada a necessidade da generalização da prática da natação, razão pela qual a Federação Internacional assumiu um compromisso com Angola para a implementação de um programa próprio para desenvolver a modalidade.
Para o efeito, acrescentou, é necessário trabalhar com as escolas, de forma a incentivar as crianças a aprender a nadar, particularmente, aquelas que vivem nas zonas costeiras.
"Estamos felizes pela realização do Campeonato Africano. É preciso termos em perspectiva que a natação é dominada pelos países da África branca e, felizmente, temos a África do Sul que faz o contrapeso. Angola está a entrar com alguma humildade. Ganhamos uma competição aqui e outra ali”, disse.
Por seu turno, o vice-presidente da Federação Internacional de Natação e presidente da Confederação Africana de Natação, Sam Ramsany, defendeu a implementação da modalidade a nível dos países, especialmente em África, que olham muito para o futebol e esquecem-se da natação.
Acrescentou que esta modalidade é muito importante, porque tem várias componentes vitais que ajudam a salvar vidas.
Segundo Ramsany, dados apontam que milhares de pessoas morrem afogadas no mundo, pelo que é importante para todos adquirirem habilidades de natação. FMA/ART