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Namibianos rendem último tributo a Sam Nujoma

     Política              
  • Luanda • Quarta, 26 Fevereiro de 2025 | 09h08
Fundador da Nação Namibiana, Sam Nujoma
Fundador da Nação Namibiana, Sam Nujoma
Pedro Manuel-ANGOP

Windhoek (Dos enviados especiais) - A urna contendo os restos mortais do primeiro Presidente da Namíbia, Sam Nujoma, falecido a 8  de Fevereiro, aos 95 anos, está a percorrer várias cidades do país, para as últimas homenagens.

A procissão iniciou em Ondangwa, norte do país, e seguiu depois para o nordeste, passando por várias cidades, para que todos os namibianos possam prestar o tributo merecido a Sam Nujoma, considerado “Pai Fundador”.

Centenas de cidadãos namibianos aglomeram-se à beira das estradas do país, por onde passa a procissão, entoando canções e acenando para a viatura que transporta os restos mortais de Nujoma, uma operação que está a mobilizar a média nacional e internacional.

A urna deve retornar quinta-feira (27) a Windhoek para os tributos finais. O funeral de Sam Nujoma está marcado para 01 de Março, no Memorial Heroes Acre, arredores de Windhoek, precisamente no mês em que a Namíbia celebra 35 anos de independência.

A cerimónia terá como ponto alto a deposição da urna no túmulo dos Heróis de Acre (Heroes’ Acre) e em simultâneo
serão disparadas 21 salvas de canhão.

Um dia antes, sexta-feira, vão ocorrer as cerimónias fúnebres do "Pai fundador da Nação Namibiana" no Estádio da Independência, subúrbio de Olyimpia, em Windhoek, com capacidade para 25 mil pessoas.

Para se despedirem do Presidente Sam Nujoma, devem convergir na capital namibiana vários Chefes de Estado e de Governo, além de delegações de diferentes países do mundo.

Angola, que mantém relações históricas com o país vizinho, vai marcar presença nas cerimónias fúnebres de Sam Nujoma com uma delegação de Alto nível.

O programa prevê a entoação dos hinos da Namíbia e da União Africana, momento religioso com a participação das igrejas Católica e Evangélica Luterana da Namíbia, seguido de mensagens do Presidente Interino do país, Nangolo Mbumba, assim como de Chefes de Estado e dignatários estrangeiros.

As ruas de Windhoek estão a ser patrulhadas pelas forças de defesa e segurança, em função da presença de várias entidades. O período de luto nacional de 21 dias, decretado pelo governo, continua a ser observado em todo país.

Lutador pela liberdade

Sam Nujoma liderou a Namíbia de 1990 a Março de 2005, e procurou projectar-se como um líder unificador, que soube pôr cobro a divisões políticas.

Num país marcado pelo legado do apartheid e do domínio colonial alemão, o partido SWAPO, por ele criado e liderado, aplicou um programa de reconciliação nacional sob o lema "Uma Namíbia, Uma Nação".

Nos seus discursos, Nujoma fazia questão de repetir a frase: “Um povo unido, que se esforça por alcançar um bem comum a todos os membros da sociedade, sairá sempre vitorioso”.

Nascido em 1929, Sam Nujoma passou de uma infância modesta, a pastar gado numa aldeia no norte da Namíbia, para liderar a luta do país para a independência.

No final da década de 1970, liderou com as grandes potências ocidentais, que a produziram, a resolução 435 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada em Setembro de 1978. A resolução estabeleceu um plano para eleições livres e justas na Namíbia.

Envidou esforços para unir uma população de dois milhões de habitantes provenientes de uma dezena de etnias diferentes que o apartheid tinha dividido.



Activista e líder da luta pela independência do país, tornou-se no primeiro Presidente democraticamente eleito da Namíbia. A 21 de Março de 1990, ascendeu à chefia do país e foi formalmente reconhecido como “Pai Fundador da Nação Namibiana” através de uma lei do Parlamento em 2005.

A última viagem ao exterior de Sam Nujoma ocorreu em 2021, quando se deslocou a Luanda para visitar o seu ilustre "amigo, irmão e companheiro de luta" José Eduardo dos Santos, antigo Presidente de Angola, que chegara de Barcelona onde estava a ser submetido a um tratamento médico.

Sam Nujoma retirou-se oficialmente da vida política em 2005.DC/ART

 

 





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