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Namibianos querem melhorias sociais na governação de Netumbo Nandi-Ndaitwah

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  • Luanda • Quinta, 20 Março de 2025 | 02h01
Vista parcial da Cidade de Windhoek, Namibia
Vista parcial da Cidade de Windhoek, Namibia
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Windhoek (Do enviado especial) - Cidadãos namibianos manifestaram, esta quarta-feira, em Windhoek, o desejo de ver melhorada a situação sócio-económica do país, na governação da Presidente eleita, Netumbo Nandi-Ndaitwah.

Em declarações à ANGOP, a propósito da tomada de posse, sexta-feira, da nova Presidente do país, o professor do ensino primário Peter Salomon disse ser necessário apostar na habitação, construindo casas e condomínios acessíveis e proporcionar sanidade básica para que as pessoas tenham acesso à água e energia eléctrica.

Apontou também os sectores económico e da educação, salientando que uma sociedade formada gera desenvolvimento.

“Espero que com a nova Chefe de Estado haja mudanças para os cidadãos e que muitos não vivam mais em sectores informais”, afirmou, apelando para a união e participação de todos no trabalho da Presidente.

Segundo o entrevistado, o país está ainda num processo de recuperação do crescimento económico, podendo ser estabilizado em 2030, visto que o sector foi bastante afectado, entre outros factores, pela pandemia da Covid-19.

As expectativas em torno da nova governação são enormes numa altura em que se trabalha com afinco na preparação das condições para a cerimónia de tomada de posse da primeira mulher presidente da Namíbia a acontecer sexta-feira, no Estádio da Independência.

Corroborando da ideia do professor, co-cidadãos de diferentes estratos da sociedade mostraram-se unânimes quanto a necessidade de o governo de Netumba proporcionar um nível de vida diferenciado em várias áreas, com destaque para a educação, bem como trabalhar para reduzir ao máximo o desemprego.

Falando à imprensa angolana, a jovem estudante Sandrina, que teve o privilégio de constar de um dos seis grupos que darão corpo a parte cultural do evento, solicitou ainda maior atenção a situação dos sem-abrigo.        

Por seu turno, o membro do comité organizador do evento Mao Mutilifa considerou ser uma mulher que demonstrou ter potencial de liderança, pelo que antevê um futuro promissor, embora a nação tenha sido “abalada”, nos últimos tempos, por situações pouco favoráveis ao seu desenvolvimento.

Instado a pronunciar-se sobre as relações entre o seu país e Angola, enfatizou serem bastante boas.

A presidente tem como um dos grandes desafios da sua governação a tarefa de atrair investimentos "através da diplomacia política" e envidar esforços para a criação de mais de 250.000 empregos em cinco anos, além melhorar o actual quadro em áreas como a educação, habitação, indústria, entre outras-

A aposta na redução das altas taxas de desemprego entre os jovens é uma questão que prometeu resolver com investimentos em energia verde, agricultura e infra-estrutura.

Efeméride

Quanto a celebração do 35º aniversário da independência do país, a assinalar-se no mesmo dia da investidura da nova líder, sublinhou a importância da data, aliando isso certo entusiasmo pelo facto de a efeméride coroar, pela primeira vez na sua história, uma mulher nesse cargo, ascensão com a qual congratulou-se igualmente a responsável regional da cultura, Sennobia Charon Katjuongue.

A Namíbia tornou-se livre do sistema de segregação racial da África do Sul, apartheid, a 21 de Março de 1990, após longo percurso de batalha história cujo desfecho contou com a contribuição, entre outros Estados, de Angola. 

A efeméride é tradicionalmente associada à tomada de posse em anos que sucedem a um processo eleitoral, dando lugar, desta vez, a primeira mulher e quinta estadista a dirigir os destinos do país-

Governaram já o país os presidentes Sam Nujoma, o pai da nação (falecido), Hifikepunye Pohamba, Hage Geingob (falecido) e Nangolo Mbumba, que excepcionalmente assumiu o cargo no mês de Fevereiro, de forma interina, após a morte de Geingob. 

Localizado na região austral do continente africano, o país tem 13 regiões (províncias) e é limitado a Norte por Angola e Zâmbia, a Leste pelo Botswana, a Sul pela África do Sul e a Oeste pelo Oceano Atlântico.

Economia

A sua economia é relativamente aberta e rica em recursos minerais. Os serviços representam cerca de 60 por cento do produto interno bruto (PIB), com destaque para o comércio com 13%. A mineração e extracção correspondem a 12,3% da produção, a indústria manufactureira a 12,3%, a agricultura e pesca a 9%, administração pública e defesa (11%) e educação (9%).

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,80% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Dados indicam que em 2023 o PIB da Nmíbia foi de 12,35 bilhões de dólares. 

Infra-estrutura

O país tem uma rede de estradas bem estabelecida, das quais aproximadamente 6% são pavimentadas. Dois dos principais projectos de desenvolvimento nesta área (TransCaprivi Highway e TransKalahari Highway) dão acesso ao Botswana, Zimbabwe, Zâmbia e África do Sul, ligando também a outros países da região da SADC.

Contempla ainda os portos de Walvis Bay, de águas profundas, e Lüderitz, sendo este tradicionalmente de pesca, com um novo cais para contentores e cargas. VC/ART





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