Lubango - O nacionalista Juliano Tyamukwavo destacou hoje, terça-feira, Agostinho Neto, como uma “figura incontornável” na história de Angola, cujos feitos devem ser mais e melhor aproveitados pela nova geração de angolanos.
Em declarações à ANGOP, no quadro do 45º aniversário de morte de Neto, que nesta terça-feira se assinala, o político Juliano Tyamukwavo, que esteve por três vez com o finado político, em reuniões do MPLA, afirmou que foi um Estadista de estatura reconhecida, não só nível de Angola, em África, mas ultrapassou as fronteiras para ser uma pessoa voltada ao mundo.
Ressaltou que Agostinho Neto deixou os seus escritos e a juventude deve estudar o seu pensamento político, pese embora “lamentavelmente já nos desviamos”, porque o sonho do mesmo nunca foi o capitalismo, mas o marxismo-leninismo.
“Do ponto de vista de organização política, económica e social nos desviamos. Ele disse, havemos de voltar, mas estamos muito aculturados, é difícil encontrar jovens que falam alguma língua nacional da sua região, muitos têm vergonha de falar ou aprender a sua língua e assumir-se como tal”, manifestou.
Para mudar tal quadro, Juliano Tyamukwavo, apontou que no domínio cultural há necessidade de resgatar as línguas nacionais, valorizá-las mais e enriquecê-las, ao passo que no económico defendeu a existência de políticas mais concretas, para que o nacional tenha mais possibilidades de ser empreendedor.
Na vertente política, o nacionalista destacou a necessidade de todos os angolanos se reverem no patriotismo, olhar para a necessidade de todas as etnias estarem representadas no aparelho do Estado.
Juliano Tyamukwavo, hoje com 72 anos, fez parte da tropa portuguesa e fez parte dos primeiros a ingressar nas FPLA. É político-reformado do MPLA e hoje opoetou pela religião, onde é pastor evangélico.
Em 1979 Angola foi abalada com a morte de António Agostinho Neto, que quatro anos antes havia fundado a nação angolana, com a proclamação da independência da então colónia portuguesa, a 11 de Novembro de 1975.
Às 13 horas, há 45 anos, no dia 10 de Setembro de 1979 os angolanos receberam a notícia da morte de Agostinho Neto, na sequência de complicações durante uma cirurgia a um cancro do fígado, no principal hospital de Moscovo, uma semana antes de completar 57 anos de vida. EM/MS