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MPLA quer maior sentido de responsabilidade dos partidos da oposição 

     Política              
  • Luanda • Quarta, 20 Novembro de 2024 | 01h45
Mário Pinto de Andrade, Reitor da Universidade Lusíada
Mário Pinto de Andrade, Reitor da Universidade Lusíada
Inácio Vica

Luanda - O Secretário para o Bureau Político do MPLA para Reforma do Estado, Administração Pública e Autarquias, Mário Pinto de Andrade, voltou a pedir, terça-feira, em Luanda, aos partidos políticos da oposição, maior sentido de responsabilidade, sobretudo à UNITA, como o principal.

Em declarações à imprensa, a margem de uma Oficina do Saber sob o tema ”Os caminhos da independência de Angola: De 1961 a 1975 - Uma reflexão sobre o passado, presente e o futuro", referiu que os partidos têm que ter programas de governação e ajudar a manter a paz e a reconciliação nacional.

Segundo o dirigente, os partidos políticos da oposição devem procurar associar-se aos projectos do Governo e participar de debates, invés de se beneficiarem apenas do Orçamento Geral do Estado (OGE) sem sequer aprovarem-no, mesmo sabendo que é o instrumento das operações de despesas e receitas do Estado.

“Estamos a celebrar 49 anos de independência. Tivemos 27 de guerra conturbada, e trmos 22 anos de paz, que deve ser perpetuada. E todos juntos devemos garantir a manutenção da reconciliação e continuação do processo de desenvolvimento com o esforço do Estado e do privado”, salientou membro do BP do partido no poder.

Segundo o secretário para o Bureau Político do MPLA para Reforma do Estado, Administração Pública e Autarquias, podia-se ter feito mais nesses anos de independência e de paz, mas infelizmente a crise econômica têm afectado mundialmente e Angola não fica de fora.

Após a COVID 19, adiantou, as estatísticas em Angola vêm registando melhorias, e com isso cerca de vinte mil angolanos estão a entrar no sector formal da economia por mês, daí que se deve olhar sempre para o passado e assim corrigir-se os erros para melhorar cada vez mais o país.

"O país anda reconciliado e não precisa de uma alegada Agenda Nacional, porquanto a a agenda nacional de consenso é a Constituição da República de Angola, na qual consta a constituição social, política e económica. Os partidos políticos têm é que ter programas de governação (....)", asseverou.

Relembrou que esses programas devem ser apresentados ao eleitorado quinquenalmente, para este escolher o partido que melhor lhe convencer com o seu manifesto, o que tem acontecido com o MPLA que desde 1992 tem merecido a confiança do povo.

"Fora disso, há outros debates que têm sido feitos que determinados partidos fogem. Por exemplo, nós temos uma Agenda que cumpri a orientação das Nações Unidas e outra da OUA-2063, que levamos a discussão com a sociedade, que é a Agenda Angola-2050", vincou o político.

O também docente universitário explicou que na referida Agenda-2050 contam projectos determinantes para o desenvolvimento do país, desde o capital humano, de infraestruturas, e outras acções paravos sectores da educação, da indústria, do desporto, cultura, saude e ferroviário.

Na ocasião, Mário Pinto de Andrade criticou alguns comportamentos dos deputados da Unita, os quais considera de falta de respeito ao Presidente da República e ao povo, tal como o abandono de plenárias, a exibição de camisolas com dizeres ofensivos e a não votação ao OGE.

Por sua vez, o ex-presidente da UNITA, Isaías Samakuva, defendeu a existência de políticas que facilitem a aquisição de terras para aumentar o cultivo e ou a produção agrícolas para redução da pobreza e a fome.

Conforme o responsável, a população deve ser incentivada e, para isso, deve-se melhorar o acesso aos terrenos existentes no país. Acrescentou que os créditos bancários devem também ser facilitados para a obtenção dos instrumentos para a agricultura efetiva e regulamentada.

“Esse desafio é grande e envolve grandes dimensões. E esperamos que não haja só a vontade de se participar em acordos e assina-lós, mas também na prática deverá ser materializado“, sugeriu o político, referindo que o cidadão deve ser olhado como quem merece um melhor tratamento, independentemente da cor partidária.

Já para o antigo presidente da FNLA, Ngola Kabangu, o Titular do Poder Executivo tem uma agenda política, econômica e social carregada, devendo existir um debate nacional, onde os três partidos fundamentais devem chegar a um consenso para o bem-estar da população.

“A situação que o país vive deve-se em parte aos mais velhos, e os erros do passado devem ser corrigidos “, referiu o político, durante a reflexão em torno do percurso até a conquista da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975, num encontro realizado na Mediática de Luanda e que juntou estes três concidadãos.

ECC/MDS

 

 

 

 

 

 





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