Luanda – A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, considerou, esta sexta-feira, que a obra de Agostinho Neto, primeiro presidente de Angola, sinaliza a necessidade de se vencer os desafios actuais e acreditar na capacidade de alcançar as metas preconizadas para o bem-estar dos angolanos.
Ao discursar na cerimónia de abertura da jornada comemorativa do 102 aniversário do fundador da nação, que se assinala a 17 de Setembro, disse que os ideais Neto são transversais e interpelam toda uma vida social, cultural, política e comunitária, cujo entendimento é necessário continuar a promover no seio das novas gerações e não só.
Deste modo, frisou, todos encontrarão a oportunidade de contribuir para a materialização da visão do nacionalista, buscando, o “quinhão correspondente, que melhor inspire a vida pessoal e profissional”.
“Por esta razão, todos os anos celebramos o 17 de Setembro, não apenas pelo seu simbolismo para a nossa Nação, porque precisamos continuar a reafirmar o compromisso, que passa pela resolução dos problemas que ainda apoquentam a nossa população”, disse.
Para o MPLA, Agostinho Neto foi mais do que um líder. Foi o poeta da liberdade, cuja paixão pela justiça e igualdade o conduziu à luta, de forma incansável, pela emancipação dos povos, lá onde fosse necessária, sem limite de fronteiras.
No seu discurso, Luísa Damião, lembrou que sob a sua orientação, Angola conseguiu libertar-se das amarras do colonialismo e erguer-se como uma nação soberana e solidária para com outros povos que enfrentavam desafios semelhantes.
“Ao comemorarmos este 17 de Setembro, renovemos o nosso compromisso de honrar o legado de Agostinho Neto, garantindo que os ideais de justiça, igualdade e desenvolvimento, pelos quais ele tanto lutou, continuem a ser a força motriz do nosso país e que as futuras gerações conheçam a história de um líder que sonhou e construiu, com suor e sangue, a nossa liberdade”, sublinhou.
Vida partidária
Por outro lado, Luísa Damião lembrou que o país caminha para as celebrações dos 50 anos de independência, e o Comité Central convocará um Congresso Extraordinário que fará uma profunda reflexão e introspecção sobre o percurso de lutas e vitórias, pelo que são todos convocados a contribuir.
Nesta senda, saudou o processo orgânico do IX Congresso Ordinário da JMPLA, organização social do MPLA, o viveiro dos quadros e futuros dirigentes do partido, inspirados igualmente, na vida e obra de Agostinho Neto.
Deste modo, augurou que neste congresso os participantes escolham os melhores para dirigirem o braço juvenil do partido.
Afirmou que o presente e o futuro do MPLA dependerão da capacidade dos militantes de se adaptar às novas realidades, de ouvir as vozes do povo angolano e de responder de forma eficaz e proactiva os seus legítimos anseios e aspirações.
Neto nasceu a 17 de Setembro de 1922, na aldeia de Kaxikane, região de Icolo e Bengo, a cerca de 60 quilómetros de Luanda. O pai era um pastor protestante e, tal como a mãe, professor.
Foi eleito Presidente do MPLA em Dezembro de 1962, durante a conferência nacional do Movimento. Ascendeu à Presidência da República de Angola no dia da sua independência, em 11 de Novembro de 1975.ART