Luanda - O partido MPLA exortou, nesta quinta-feira, os angolanos a repudiarem todas as acções que atentem contra a soberania nacional, a integridade territorial e a dinâmica de desenvolvimento económico, político, social e cultural que o país regista.
Numa declaração do seu Bureau Político, sobre o Dia do Início da Luta Armada de Libertação Nacional, que se assinala hoje, o MPLA considera "a consolidação da paz e da democracia e o respeito pelas instituições legalmente constituídas", como imperativos nacionais.
No documento, a que a ANGOP teve acesso, aquele órgão do MPLA sublinha que o Dia do Início da Luta Armada de Libertação Nacional decorre "numa conjuntura em que a unidade e harmonização nacional, a preservação da estabilidade política e social" apresentam-se também como imperativos nacionais.
O MPLA recorda o discurso do Presidente do Partido, João Lourenço, no encerramento das comemorações do 64º aniversário do MPLA, qundo enfatizou a necessidade de "contrapor à agenda política de subversão da ordem constitucional, gizada e a ser já executada pelo nosso adversário, com uma agenda política que fortaleça o patriotismo, o respeito ao primado da lei, o respeito pela diferença, que promova a tolerância política e a reconciliação nacional".
Na ocasião, salienta a declaração do MPLA, João Lourenço enfatizou que "teremos como únicas armas a palavra, a verdade e a honestidade, para mobilizar os angolanos em torno da nossa causa, a do desenvolvimento económico e social de Angola".
Relativamente ao 4 de Fevereiro de 1961, o MPLA enaltece o exemplo de coragem, bravura e determinação dos Heróis Nacionais, curvando-se perante a memória de todos quantos perderam a vida ou deram o melhor de si em prol de uma Angola livre e independente.
Considera o 4 de Fevereiro de 1961 uma viva expressão do sonho de liberdade do Povo Angolano, "amordaçado por cinco séculos de exploração e humilhação do jugo colonial português" e que foi, finalmente, realizado com a proclamação da Independência Nacional.
Na sua declaração, o MPLA reafirma que os ataques levados a cabo, na madrugada do 4 de Fevereiro de 1961, por destemidos nacionalistas e patriotas convictos contra a Cadeia de São Paulo, a Casa de Reclusão, o Quartel da Polícia de Segurança Pública e a Emissora Oficial de Angola (em Luanda), constituíram acontecimentos marcantes da história contemporânea de Angola.
Adianta que tais acontecimentos traduziram a vontade de auto-determinação dos angolanos, que se efectivou com o hastear da Bandeira Nacional no dia 11 de Novembro de 1975.
Neste contexto, refere o documento, o Bureau Político do MPLA exorta todos os angolanos a manifestarem o seu sentimento de reconhecimento e de orgulho patriótico aos Heróis da Liberdade que, num contexto de luta desigual, "iniciaram a caminhada triunfal que fez brotar uma Angola soberana, una e indivisível".
"Uma palavra de eterna gratidão para todas as heroínas que lutaram ao lado dos homens pela dignidade de todos os angolanos", lê-se na declaração.
O Bureau Político do Comité Central do MPLA, em nome dos militantes, simpatizantes e amigos do Partido, rende uma "honrosa homenagem a todos os valorosos combatentes da nossa gesta heróica", reiterando o compromisso de edificação de uma Angola mais desenvolvida, democrática e inclusiva.
Este ano, o Dia do Início da Luta Armada de Libertação Nacional é comemorado sob o lema “4 de Fevereiro: preservar e honrar a memória dos Heróis da Pátria”.