Luanda – A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, encorajou, esta quinta-feira, o Executivo a tomar medidas para o equilíbrio macroeconómico e aumentar os ganhos sociais às populações, para reduzir o impacto da remoção da subvenção aos preços dos combustíveis.
Ao discursar na abertura da II reunião metodológica nacional sobre o trabalho do partido, Luísa Damião exortou também para a necessidade de se eliminar as distorções que ainda prevalecem no sistema de preços.
Segundo a dirigente, ”quando os preços não reflectem objectivamente as condições do mercado, a economia não pode funcionar de modo eficiente, porque estas distorções fazem com que os níveis de investimento fiquem abaixo do seu potencial”.
A vice-presidente do MPLA informou que o partido no poder levará a cabo uma campanha de esclarecimento dos ganhos com a retirada dos subsídios, para evitar a desinformação e ruídos.
A campanha, como disse, visa explicar correctamente às populações que mais investimentos poderão ser feitos em sectores chaves como a educação, saúde, segurança social, habitação e no combate ao desemprego.
A vice-presidente do MPLA saudou a “forte agenda” diplomática do país, que trouxe à capital angolana, esta semana, o Chefe de Estado egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, e o primeiro-ministro português, António Costa.
Maior empatia com o povo
Na ocasião, a dirigente recomendou à implementação de acções que reforcem a empatia e interacção com o povo, que considerou o “fundamento da existência do partido”.
Luísa Damião entende que o MPLA precisa estar à altura dos acontecimentos, colocando em prática o lema “trabalhar mais e comunicar melhor”.
Recomendou unidade, coesão e criatividade para melhor interpretação dos anseios e das aspirações, além da dinamização das estruturas partidárias.
Perante uma plateia atenta, alertou para a possibilidade de factores de percepção política tenderem a ser manipulados por grupos de interesses, pela força da nova mídia e de expedientes anti-éticos de alguns opositores.
Apelou para uma maior capacidade de interpretação dos factos e dos fenómenos do quotidiano, que premie o acesso à informação e formação rigorosa, (…) para sustentar o processo de gestão do trabalho do partido e da tomada de decisões políticas mais consentâneas.
A vice-presidente do MPLA afirmou que as lições colhidas mostram para a necessidade planificar bem e definir as modalidades viáveis de actuação.
A II reunião metodológica nacional sobre o trabalho do partido, que encerra no sábado, congrega cerca de 540 quadros e dirigentes idos das 18 províncias, membros do Bureau Político, do Comité Central e da bancada parlamentar do MPLA.
Durante os três dias estão agendados temas como o aprofundamento da democracia e da disciplina interna, a unidade e a lealdade ao líder e o compromisso do partido e deste (partido) com o povo.
A agenda inclui temas como organização e inserção na sociedade, informação e propaganda, administração e finanças, política de quadros, assuntos políticos, eleitorais, reforma do Estado, administração pública e autarquias, relevância da democracia participativa, bem como da sociedade civil. JFS/AL