Caála - O valor humanístico e a determinação política assumida na proclamação da independência de Angola por António Agostinho Neto foram exaltados, esta segunda-feira, na Caála, pela primeira secretária do MPLA na província do Huambo, Lotti Nolika.
A dirigente partidária, que falava num acto político de massas, disse que a celebração do centenário do nascimento do primeiro Presidente de Angola, a 17 de Setembro próximo, constitui um evento especial e de reflexão para todos os angolanos.
Acrescentou que o MPLA atribui um valor singular ao centenário de Agostinho Neto, por assinalar indelevelmente a história contemporânea do país, numa altura em que se mobiliza para a realização das quintas eleições gerais, depois das de 1992, 2008, 2012 e 2017.
Segundo Lotti Nolika, se o Presidente Agostinho Neto estivesse vivo completaria a 17 de Setembro próximo 100 anos de idade, num momento em que o país assinala o 20º aniversário da paz efectiva, conseguida pela determinação construída pelo Fundador da Nação, cujas bases ideológicas continuam revitalizadas até aos dias de hoje.
Sublinhou que Agostinho Neto destacou-se na humanização das comunidades através da unificação territorial, sem diferenças raciais, com foco no desenvolvimento político, social, económico, cultural e literário.
“2022 é o ano do centenário de António Agostinho Neto, daí a razão de cada um onde estiver elevar a sua figura de Herói Nacional, enquanto poeta, político, médico, nacionalista, homem de cultura e humanista que, desde muito cedo, se entregou para servir o povo angolano e traçar rumos certos para o desenvolvimento socio-económico”, ressaltou.
António Agostinho Neto nasceu a 17 de Setembro de 1922, em Kaxicane, Icolo e Bengo, e faleceu a 10 de Setembro de 1979. Como primeiro Presidente de Angola, proclamou a independência do país do então jugo colonial português, a 11 de Novembro de 1975.
É uma referência da cultura nacional, tendo escrito várias obras traduzidas em diversas línguas, com destaque para “Quatro Poemas de Agostinho Neto”, em 1957, “Sagrada Esperança” (1974) e “A Renúncia Impossível” (1982).