Luanda – O MPLA expressou, esta quinta-feira, renovado reconhecimento pela determinação e resistência do povo angolano à colonização e maus tratos, reflectidos nas acções que levaram ao massacre da Baixa de Cassanje, perpetrado em 1961, pelo regime colonial português, contra cidadãos indefesos.
Segundo uma nota do partido a que ANGOP teve acesso, o Bureau Político do Comité Central reitera sentida e patriótica homenagem às vítimas, com o firme compromisso de preservação do legado histórico.
Advoga que, mais do que justa defesa de direitos, a acção de bravura dos camponeses da Baixa de Cassanje constituiu um sinal inequívoco de defesa incondicional do solo pátrio e foi mais um facto que impulsionou o início do processo de Luta Armada de Libertação, cujo apogeu determinou a proclamação da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975.
“Por esta razão, o heróico feito do 4 de Janeiro de 1961 deve ser transformado em fonte de inspiração para todos os cidadãos, de Cabinda ao Cunene, a fim de valorizarem a data, cuja dimensão histórica obriga a permanentes manifestações de reconhecimento aos seus mentores, a quem a Pátria e os seus filhos serão eternamente gratos”, lê-se no documento.
Imbuído do espírito de "Servir o Povo e fazer Angola Crescer", acrescenta a nota, o MPLA saúda todos os angolanos que, ao longo da trajectória de luta, têm contribuído, com elevada postura cívica, para a preservação das maiores conquistas, das quais se destacam a Independência Nacional, integridade territorial, a Paz e a Unidade e Reconciliação Nacional.
Assinala-se hoje (4 de Janeiro) 63 anos dos Mártires da Baixa de Cassanje, desde que, em 1961, milhares de camponeses angolanos protestaram na região da Baixa de Cassanje, em Malanje, contra os preços baixos do algodão praticados pela Companhia Geral de Algodão “Cotonang” e os maus tratos impostos pelo regime colonial e os portugueses reprimiram, matando milhares de pessoas indefesas.
VC