Luanda - O Bureau Político do MPLA considerou, nesta sexta-feira, Dom Francisco da Mata Mourisca um prelado com posições firmes e convictas sobre assuntos de várias áreas do conhecimento.
Numa nota de condolências a propósito da morte do bispo emérito da diocese do Uíge, ocorrida na província de Luanda no dia 16 do corrente mês, por doença, este partido considera Dom Francisco da Mata Mourisca um intelectual de reconhecida dimensão humana.
“O Bureau Político do Comité Central do MPLA tomou conhecimento, com profunda dor e consternação, da morte do Bispo Emérito da Diocese do Uíge, Dom Francisco da Mata Mourisca, aos 95 anos. Pelo infortúnio, endereça aos familiares e devotos da Igreja Católica em Angola, profundos sentimentos de pesar”, lê-se no documento que a ANGOP teve acesso.
Formado em Teologia Dogmática pela Universidade de Salamanca, Espanha, em 1957, Dom Francisco da Mata Mourisca foi ordenado sacerdote na cidade do Porto - Portugal, no dia 20 de Janeiro de 1952, sendo posteriormente enviado à Angola, na qualidade de primeiro bispo da diocese do Uíge, criada no dia 14 de Março de 1967, depois de desmembrada da Arquidiocese de Luanda.
Pertencente a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, Dom Francisco da Mata Mourisca foi um bispo dedicado à escrita, tendo deixado vários livros publicados, na condição de escriba da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).
Detentor de uma invejável folha de intenso serviço em prol da Igreja Católica em particular, e da sociedade angolana, no geral, o prelado, natural da freguesia de Mata Mourisca, localidade de onde lhe vem o nome, foi nomeado bispo da diocese do Uíge com apenas 39 anos e desempenhou vários cargos de responsabilidade, dentre os quais o de ministro provincial dos capuchinhos em Portugal, para além de trabalhos em várias comissões episcopais, onde emprestou o seu saber e experiência.
O ministério de Dom Francisco ficou igualmente marcado pelo reconhecimento do seu profundo sentido humano, por via do qual conquistou a amizade, admiração e simpatia das comunidades para as quais esteve sempre disponível a prestar ajuda nos mais variados sentidos, como reflexo da missão social da Igreja Católica.
