Talatona - A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, desencorajou, esta sexta-feira, em Luanda, a construção de narrativas de violência contra a mulher e o discurso de ódio nas redes sociais.
A política, que falava na abertura da 5ª Reunião Ordinária do Comité Nacional da OMA, apelou à sociedade para que recorra à participação em casos de violência, de maneiras a elevar, cada vez mais, a cultura da denúncia.
Afirmou que em determinados momentos o silêncio funciona como um cúmplice da própria violência, sendo necessário o engajamento de toda a sociedade para combater a impunidade nestas situações.
“Porque se as pessoas não denunciarem os casos de violência, ninguém os conhece e não podemos encontrar a solução para estes casos”, frisou.
Conforme Luísa Damião, diante da constante tentativa de subverter a opinião pública, através da desinformação e da promoção de narrativas do “bota - a - baixo” e da minimização das grandes realizações e empreitadas do Executivo, a OMA deve continuar vigilante, reforçar a proximidade com os diferentes estratos e assegurar a circulação da informação de qualidade e sobre os ganhos do que se fez e está a ser feito no país.
Esta realidade partilhada, referiu, deve ser um laboratório social que aguça a imaginação sociológica, a inovação e o engenho político da organização, no sentido de reforçar a sua relevância social e política no seio do seu público.
De acordo com Luísa Damião, as mulheres sempre foram o factor de equilíbrio, de sustentabilidade, de desenvolvimento das famílias e das sociedades onde estão inseridas, razão pela qual o MPLA renova diariamente o seu apoio à OMA.
Luísa Damião destacou as conquistas alcançadas pelas mulheres angolanas, exemplificando os altos escalões dos três poderes exercidos pela camada feminina do país, o Legislativo, Executivo e Judicial que, de alguma forma, infundem alguma diferença. “Só um partido moderno como o MPLA é capaz de fazer este avanço”, referiu.
Em relação ao encontro que vai se debruçar sobre temas de capital importância para a vida interna da organização, a vice-presidente do MPLA disse que reuniões do género são imprescindíveis, mas não devem ser apenas ocasião para se fazer cumprir as disposições estatutárias e orgânicas.
Pediu que se dedicasse um lugar para a reflexão sobre as janelas de oportunidades de trabalho, de maneiras a servir para mobilizar e galvanizar as mulheres e aprimorar as acções em curso, ou suscitar novas abordagens para a OMA.
Explicou que o estatuto de organização protectora da mulher e da família, que sempre foi atribuído à OMA, exige a intensificação de acções e projectos concretos para socorrer a mulher e os problemas da sociedade.
Deste modo, referiu, a mulher angolana encontrará na OMA cada vez mais um ambiente de defesa dos valores e princípios que não se deve abdicar com os ventos negativos da globalização e da emergência das novas tecnologias de informação e comunicação.
Afirmou que onde houver uma mulher com o grito de socorro o apito deve soar, todas por todas e por todos.
Luísa Damião informou que, na actual conjuntura, impende sobre a OMA um conjunto de desafios e uma grande responsabilidade, tendo em conta que a humanidade é constituída maioritariamente pelas mulheres e a estratégia do Partido para este segmento, passa fundamentalmente pela OMA, as dirigentes e quadros da organização.
Adiantou que reforçar que as organizações sociais do partido de modo geral e, particularmente, a OMA, é convocada a imprimir um maior dinamismo, maior proactividade e imaginação política para a partilha de informação e ampla mobilização das mulheres em torno das questões da governação, do desenvolvimento e das preocupações das mulheres.
Na sua óptica, considerando que no dia-a-dia as mulheres enfrentam ainda grandes dificuldades, que se agudizam pelo contexto de pobreza do seu meio, muitas vezes por limitações financeiras ou por falta de acompanhamento familiar.
Em função disso, adiantou que a OMA deve continuar a reforçar os mecanismos de protecção, acompanhamento e de mentoria social à mulher, sobretudo à jovem mulher.
"Neste particular, temos estado acompanhar algumas acções muito bem conseguidas e que estão a contribuir para minorar as dificuldades das mulheres, que reputamos de grande importância, e por isso, queremos felicitar e encorajar que se façam em toda a extensão do nosso território, ali onde se registar mais dificuldades, a acção da OMA deve chegar com mais intensidade", asseverou.
Por outro lado, disse a OMA deve continuar a materializar a sua estratégia, que visa atrair mais a jovem mulher, considerando a sua expressividade numérica na estrutura demográfica do povo.
Afirmou que a realidade social e os processos inerentes à conquista e à gestão do poder político estão em constante transformação e mutação, em todo o mundo, pelo que as mulheres devem estar cada vez mais informadas para compreender a conjuntura em que os fenómenos se desenrolam e ter o domínio da informação, no actual contexto, transformando em sinônimo de poder.
"Os avanços são visíveis e notáveis, na medida em que as realizações se multiplicam, em quase todos domínios da vida do país, sobretudo na ciência. Temos, hoje, mais mulheres nas instituições do ensino geral, do técnico-profissional e nas universidades, a saber: estudantes, professoras, investigadoras e gestoras", sublinhou.
Para a dirigente, todas estas realizações têm também as impressões digitais das gerações precursoras que antecederam as actuais gerações de militantes, dirigentes e quadros da OMA, que têm de continuar a trilhar o caminho da participação activa nos processos de tomada de decisão e dos assuntos que dizem respeito, enquanto mulheres.
Reiterou que as mulheres devem apoiar-se umas às outras, valorizando e enaltecendo sempre o trabalho de cada uma, evitando sempre a política do “bota a baixo”.VS/MAG/VM