Camanongue – Duzentos e 44 áreas na província do Moxico estão afectadas com minas, com realce para o município do Moxico (sede provincial), Léua, Bundas, Alto Zambeze e Luchazes informou hoje, no Luena, o oficial de ligação e informação do CNIDAH, Chile Manuel Chicanha.
Ao falar à imprensa, após uma visita de constatação em um campo minado na vila de Camanongue, o responsável do CNIDAH (Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária), afirmou que as zonas foram identificadas pelas empresas que actuam no sector de desminagem.
Na ocasião, informou que, de Janeiro até a data presente, no Moxico foram desminadas 760 mil e 246 metros quadrados de terra, onde foi removido e destruído 740 projécteis, 66 minas anti-pessoal e 24 minas anti-tanque.
Disse que na província apenas a MAG (Grupo Consultor de Minas) intervêm na actividade de desminagem, outras empresas como o INAD (Instituto Nacional de Desminagem), Repartição de Engenharia da 72ª brigada das FAA da RML e da 7ª brigada militar da Casa de Segurança do Presidente da República, deixaram de actuar, no fim de Dezembro de 2020, por falta de apoio financeiro e material.
A UE (União Europeia) e o Japão são patrocinadores do MAG. O apoio financeiro se estende até 2025, ano anotado como meta para acabar com os engenhos explosivos em Angola, de acordo com a Declaração de Maputo de 2014.
O documento estipula, 2025, fim do problema das minas anti-pessoal para todos os Estados partes da Convenção de Ottawa, em que Angola é também signatária.