Luanda - A directora do Gabinete Central de Recuperação de Activos de Moçambique, Ana Marrengula, elogiou esta sexta-feira, em Luanda, Angola pelo facto de ser uma referência e vanguarda em matéria de recuperação de activos.
Em declarações à imprensa, no final de uma visita de cortesia às instalações do Tribunal Supremo (TS), assinalou que Angola dispõe de várias valências, mecanismos e estratégias em matéria de recuperação de activos, facto que lhe valeu um reconhecimento internacional em 2023.
"Entendemos que tínhamos que vir a Angola por ser o país certo e o mais indicado com resultados muito positivos nestas matérias de recuperação de activos", enfatizou.
Ana Marrengula disse que ao longo da visita de trabalho para a troca de experiências constataram mais semelhanças do que diferenças em matéria de recuperação de activos com a congénere angolana.
"O nosso objectivo é transformar os desafios em soluções em matéria de recuperação de activos e acreditamos que Angola também colheu experiências positivas e valências que partilhamos", assinalou.
Mais de usd oito mil milhões de recuperação de activos
A directora do Serviço Nacional de Recuperação de Activos da Procuradoria-Geral da República (PGR), Eduarda Rodrigues, revelou que, ao nível de recuperação efectiva de bens, estão neste momento com mais de oito mil milhões de dólares.
Informou que ainda têm muitos bens apreendidos quer em Angola quer no estrangeiro e estão atrás da recuperação desses activos definitivamente.
Eduarda Rodrigues esclareceu que os activos que têm sido recuperados estão a ser aplicados na economia do país, "é o que tem sido feito".
Reconheceu que apesar do Serviço Nacional de Recuperação de Activos da Procuradoria-Geral da República (PGR) ter sido instituído recentemente já tem deixado marcas e reconhecimento internacional.
Angola foi agraciada, em 2023, com o prémio internacional em matéria de recuperação de activos.
Eduarda Rodrigues enfatizou que, com este prémio internacional, a responsabilidade de Angola em matéria de recuperação de activos aumenta.
"Desde que recebemos este prémio internacional já recebemos quatro delegações de outros países, que também querem replicar o trabalho que estamos a desenvolver em Angola e isso para nós é gratificante", vincou.
No Tribunal Supremo, a delegação moçambicana, que se encontra no país desde o dia 15 deste mês, trocou impressões com os juízes conselheiros desta corte suprema. DC/SC