Luanda – Moçambique observa, desde as 0h00 desta quinta-feira, 14, cinco dias de luto nacional em memória do ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, falecido dia 8 deste mês, em Espanha, vítima de doença.
O governo moçambicano aponta, em medida saída da primeira sessão ordinária do Conselho de Ministros, os laços históricos, de irmandade, amizade e de solidariedade mútua entre os povos, governos e os Estados moçambicano e angolano.
No comunicado a que a ANGOP teve acesso destaca-se que José Eduardo dos Santos granjeou, a nível regional e internacional, um elevado prestígio e estima, sobretudo no contexto da luta pela igualdade racial, contra o apartheid e em prol da liberdade, dignidade e progresso económico e social dos países da África Austral e do continente africano em geral.
O governo moçambicano destaca ainda o papel desempenhado por José Eduardo dos Santos na fundação da SADC, na promoção do diálogo, da estabilidade e da paz entre os povos da região.
José Eduardo dos Santos, que morreu aos 79 anos de idade, ocupou as funções de Presidente da República durante 38 anos, até Setembro de 2017, altura que foi sucedido pelo actual Chefe de Estado, João Lourenço.
Além de Presidente da República, foi Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA) e Presidente do MPLA, partido que governa o país desde a proclamação da independência nacional, a 11 de Novembro de 1975.
Da sua ficha política consta, ainda, o cargo de ministro das Relações Exteriores, e outras funções no Estado e no MPLA.
Conduziu o processo que culminou com a assinatura dos Acordos de Paz, a 4 de Abril de 2002, na sequência da morte do então líder fundador da UNITA, Jonas Savimbi.