Accra (Do enviado especial) - O ministro das Relações Exteriores, Téte António, manifestou, este domingo, satisfação pelos resultados da realização da 6ª reunião de coordenação semestral entre a União Africana, as Comunidades Económicas e os Mecanismos Regionais.
De acordo com o ministro quando fazia o balanço da reunião, a sua importância está no facto de ela ter permitido apresentar aos Chefes de Estado o quadro geral da organização, ncluindo no que diz respeito à zona de comércio livre, cuja sede esta em Accra.
Durante a Cimeira, houve um alerta do presidente da Comissão da União africana relativa à necessidade de se continuar a ter o vigor dos fundadores da organização, salientando que nos últimos tempos se tem vivido algumas dificuldades.
Por isso, referiu que há necessidade de se continuar a apoiar as comunidades económicas regionais.
Informou que a reunião analisou relatórios do Banco Africano de Desenvolvimento, da Comissão Económica da ONU para África e da Comissão da UA, que apresentaram recomendações no que diz respeito ao alinhamento para o alcançados objetivos da Agenda 2063.
Agenda incluiu ainda a análise do relatório do presidente da Comissão, que tem haver com a próxima liderança deste orgão, pelo facto de estarem previstas eleições para Fevereiro de 2025, durante o mandato de Angola.
De acordo com o governante angolano, a região Leste tem a responsabilidade de apresentar o seu candidato, porém, caso não existam consensos a escolha será através de eleições em Addis Abeba, Etiópia.
Neste momento, esclareceu, exitem candidatos do Djibouti, Ilhas Maurícias, Seychelles e Kenya.
Também a reunião analisou o relatório do Presidente Nana Akufo-Addo, do Ghana, que defendeu uma reforma do sistema financeiro africano, através da criação de instituições como o Banco Africano de Investimento, o Fundo Monetário Africano, bem como uma política do continente sobre a segurança das transferências.
Téte António disse ainda que a reunião apreciou os relatórios sobre paz e segurança e sobre a florestação e reflorestação, este último apresentado pelo Chefe de Estado congolês, Dennis Sasou Nguesso.
O mesmo foi apresentado com a ideia de fazer das conclusões de Brazzaville uma posição Africana sobre as florestas.
"O objetivo é levar a questão às Nações Unidas e fazer com que ela faça parte da agenda da próxima Assembleia- Geral da ONU para que esta possa traduzir-se numa resolução e criada uma instituição especializada dedicada às florestas", vincou.
Explicou ainda que a decisão deste encontro é o de orientar o grupo Africano na ONU a trabalhar para o efeito.
O ministro acrescentou que o evento analisou outras questões relativas à forma coma repartir o trabalho entre a UA e as CER em áreas específicas para se evitar a duplicação de trabalho.
"O que a UA deve fazer é a definição de políticas, mas a implantação será da responsabilidade das Comunidades Economicas Regionais", sustentou. SC/ART