Luanda - O ministro da Relações Exteriores, Téte António, destacou, domingo, em Oran, Argélia, a importância da implementação da cadeia de mando no mecanismo A3 para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no que a África diz respeito.
A terminologia A3 refere-se aos Países Africanos Membros Não Permanentes do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas.
A sua articulação nesse formato foi criada numa parceria entre e a ONU e o Conselho de Paz e Segurança da União Africana, em colaboração com o Departamento dos Assuntos Políticos, Paz e Segurança da UA, para garantir uma melhor concertação de posições para defender os interesses dos africanos no CS da ONU.
O chefe da diplomacia angolana discursou no primeiro painel com o tema o “Papel do Conselho de Paz e Segurança da União Africana e do A3 na Promoção da Voz de África em questões de paz e segurança na Agenda do Conselho de Segurança da ONU”.
O ministro elucidou os presentes sobre a necessidade de se continuar a promover, cada vez mais, a união e a solidariedade entre os países do continente na concertação de posições que defendam os melhores interesses de África na ONU e em outros fóruns internacionais.
Para Téte António, o mecanismo A3 permite com que, nos dias de hoje, África seja o único continente que possui uma plataforma de cooperação e colaboração nos esforços do continente para promover, articular e defender posições comuns sobre questões de Paz e Segurança, bem como outras medidas do interesse dos países africanos na ONU.
Os presentes acolheram com satisfação as contribuições apresentadas e reconheceram o facto do diplomata angolano, na altura representante da União Africana na ONU, ter sido um dos pioneiros da criação do Mecanismo A3, por via do “Processo de Oran”, adoptado pelo Conselho de Paz e Segurança, na sua 397ª Reunião realizada a nível de Chefes de Estado e de Governo, em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, aos 23 de Setembro de 2013.
A ocasião serviu para Téte António voltar a defender a necessidade de uma África cada vez mais unida nos seus esforços para conseguir o tão almejado lugar como Membro Permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Durante a sua intervenção, o diplomata ainda a importância do envolvimento contínuo das Comunidades Económicas Regionais (CER) e dos Mecanismos Regionais (MRs), indispensáveis nas questões e desafios relacionados com a implementação da Arquitectura de Paz e Segurança Africana (APSA) no fortalecimento das instituições, coordenação, informação e análise dos países africanos. FMA/ART