Luanda – O ministro do Interior, Eugénio Laborinho, pediu aos efectivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC) para reflectirem profundamente sobre os crimes de homicídios voluntários e ofensas a integridade física que registaram, em 2021, uma redução de 617 casos comparativamente ao ano de 2020.
Em 2020, o país registou um total de 10 mil 873 casos e, em 2021, um decréscimo de 10 mil 256 casos.
Eugénio Laborinho falou quinta-feira no VII conselho consultivo alagado do SIC, que decorre até hoje, sexta-feira, no município de Cacuaco, em Luanda, sob o lema “por um Serviço de Investigação Criminal mais actuante, no combate a criminalidade e valorização dos direitos humanos”.
Segundo o governante, na prática de tais actos criminosos, regista-se muitas vezes a presença de pessoas conhecidas e familiares, que matam por questões passionais, crenças ao feiticismo, entre outras razões.
Por isso, disse que o Ministério do Interior, através do órgão de investigação criminal, vai intensificar o combate aos crimes violentos e de natureza económica e financeira, com realce para o peculato e corrupção.
Sobre a redução do número de casos de crimes verificada em 2021, Eugénio Laborinho atribuiu as medidas adoptadas no âmbito da prevenção criminal e do enfrentamento operacional, sobretudo dos crimes de tráfico de drogas, violentos e económicos.
Na sua intervenção, o ministro falou das eleições gerais, convocadas pelo Presidente da República para 24 de Agosto próximo, tendo recomendado aos efectivos para prestarem uma especial atenção à segurança pública, intensificando às acções de prevenção.
Considerou fundamental a melhoria da qualidade dos serviços prestados, o aprimoramento das estratégias de actuação, assim como a cooperação e coordenação entre os órgãos do Ministério do Interior e outros que compõem o sistema de defesa e segurança do país.
Presente no conselho consultivo, o novo director do SIC, António Paulo Bendje, reafirmou que continuará a dar maior atenção aos quadros jovens, pela natureza do trabalho que realizam, pois requer responsabilidade, humildade e respeito aos funcionários antigos, para haver uma transição geracional feita na normalidade.
Para o comissário, a procura pelo conhecimento deve fazer parte do dia-a-dia de todos, daí que, para isso, enquanto promotor da segurança pública, o sector tudo fará para garantir que os quadros se especializem.
António Bendje lembrou da ocorrência, ainda este ano, de casos que envolveram efectivos do SIC e que beliscaram a imagem do órgão, razão pela qual, apelou aos efectivos para adoptarem uma postura que salvaguarde o bom nome da instituição, evitando actos de ilegalidade, de peculato, abuso de poder, entre outras acções proibidas por lei.
O VII conselho consultivo alargado do SIC, que termina nesta sexta-feira, analisa os crimes contra o património, crimes informáticos, desafios e perspectivas de segurança pública, entre outros.