Luanda - O ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos, destacou, esta quarta-feira, em Cabo Verde, as acções do Presidente João Lourenço em prol do bem-estar dos heróis do país.
O governante teceu estas considerações durante a celebração dos 50 anos da Libertação dos Presos do Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, em representação do Presidente da República, João Lourenço.
Na ocasião, frisou que, dentre estas acções estão a construção de representações simbólicas, entre as quais monumentos e sítios, infraestruturas importantes no processo de consolidação do ensino da história à juventude actual e às futuras gerações.
João Ernesto dos Santos destacou ainda o engajamento contínuo do Executivo angolano nas acções de reforço da proteção social dos antigos combatentes e veteranos da pátria, para melhorar as suas as condições de vida dos mesmos.
“É nosso dever moral e patriótico continuarmos a melhorar, permanentemente, as condições de vida desses servidores públicos que constituem hoje as fontes primárias da nossa história” sublinhou.
Referiu que tudo que se faz para a dignificação dos antigos combatentes e veteranos da Pátria é pouco para a dimensão política e significado das suas acções.
Neste contexto, destacou o abnegado sacrifício pela conquista e preservação da independência, visando a efectiva libertação do jugo colonial e a autodeterminação no contexto das nações.
De acordo ainda com o ministro, estas conquistas são igualmente extensivas à paz e reconciliação nacional e ao Estado democrático de direito.
“É com este sentimento que, em nome do Presidente João Lourenço, reitero os agradecimentos pelo convite formulado para marcar presença neste acto de celebração dos 50 Anos da Libertação dos Presos Políticos do Campo de Concentração do Tarrafal, aqui na ilha de santiago”, sublinhou.
O evento reuniu os chefes de Estado de Cabo Verde, José Maria Neves, enquanto anfitrião, da Guiné-Bissau, Umaru Sissocko, de Portugal, Marcelo de Sousa, e o ministro, João Ernesto dos Santos, em representação do Presidente João Lourenço.
O programa incluiu o descerramento da placa comemorativa da efeméride e a sessão especial, com declarações dos chefes de Estado, do ministro Liberdade, e do presidente da Câmara de Tarrafal, bem como de um representante dos combatentes e antigos presos e sobreviventes do "Campo da Morte Lenta".
O evento encerrou com um concerto da Liberdade, no Campo do Tarrafal.
O Campo de Concentração do Tarrafal, também designado "Campo da Morte Lenta", situado na aldeia de Chão Bom, no Concelho de Tarrafal, na ilha de Santiago em Cabo Verde.
Ele foi fundado em 1936, durante um processo de reorganização do sistema prisional do Estado Novo, com o objectivo de encarcerar presos políticos e sociais.
A localização foi escolhida de forma estratégica, tanto por ser perfeita para que os testemunhos não viessem a público, com o principal objectivo de aniquilar física e psicologicamente os opositores portugueses e africanos à ditadura Salazarista.
Isso isolando-os do resto mundo em condições desumanas de cativeiro, maus tratos e insalubridade. FMA/SC