Adão de Almeida ressalta figura de Neto

     Política              
  • Luanda • Sexta, 11 Novembro de 2022 | 14h17
António Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola
António Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola
Quino Viñas

Luanda - O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, ressaltou, quinta-feira, o legado e importância histórica da figura e obra de António Agostinho Neto para os angolanos.

Adão de Almeida fez estas referências quando discursava na sede da UNESCO, em Paris (França), por ocasião do centenário do fundador da Nação angolana.

Na sua intervenção, disse ser esta uma honrosa forma de cumprir a devida homenagem a esta figura angolana cuja dimensão transcende o país e o continente africano.

Acrescentou que, este ano em que se celebra o centenário de António Agostinho Neto, o povo angolano reconheceu e homenageou o político, estadista, intelectual o homem de artes e cultura, de qualidades ímpares. 

Contudo, acrescenta que a presente jornada de homenagem num palco tão distinto quanto a UNESCO não poderia ser mais honrosa para todos os angolanos. 

Daí que, em nome do Presidente da República de Angola, João Lourenço, manifestou os mais profundos agradecimentos. 

Adão de Almeida referiu ainda que entre os angolanos existe um profundo reconhecimento da figura de António Agostinho Neto.

"Amámo-lo enquanto fundador da Nação, primeiro Presidente de Angola, inspirador da luta de libertação nacional, mas também pela relevância do trabalho literário que produziu", disse. 

De acordo com Adão de Almeida, a sua produção literária é curta, porém expressiva.

Entre estes, refere, destaque para “Sagrada Esperança”, que veio a manifestar-se como a sua obra mais icónica. 

Para o ministro de Estado, esta obra representa da melhor forma os traços da personalidade do autor, afirmando que as reflexões em forma de poemas permitem denotar toda a dedicação, que se confunde muitas vezes com paixão, à causa da luta contra a dominação e exploração colonial de que estava sujeito o povo africano.

Conforme Adão de Almeida, já a título póstumo, foi publicada “Renúncia Impossível” com textos em que o autor ressaltou o seu perfil anticolonialista, reforçando-o com uma dimensão transnacional ou até mesmo transcontinental. 

Em “Renúncia Impossível”, disse,  Neto apoiou-se no sofrimento do homem negro africano para manifestar solidariedade a todos os povos subjugados em África, na Ásia e na América. 

Nesta obra, ficou claramente demarcado o seu sentimento de revolta bem como a sua manifesta insubmissão, traços característicos e marcantes de todo o seu percurso, quer político, quer literário.

Como corolário da sua obra poética, foi publicada, também postumamente, “Amanhecer”, reforçando a sua visão independentista e projectando um futuro de liberdade, de autodeterminação para os povos então sob jugo colonial. 

Os traços característicos da obra literária de Agostinho Neto tornam difícil a tarefa de separar do escritor, o político e, deste, o humanista. 

O governante destacou também o facto de ter se evidenciado em todas estas qualidades e usado, sempre, uma faceta para potenciar a outra. 

Conforme o governante, a dimensão da obra de Agostinho Neto, nas suas múltiplas valências, constitui hoje objecto de estudo em várias universidades espalhadas pelo Mundo.

"Celebrar o centenário de Agostinho Neto não é senão um acto de justiça, uma distinção necessária e uma homenagem honrosa para quem se notabilizou no mundo da literatura – para quem entregou-se de corpo e alma à luta pela dignificação do homem oprimido", acrescenta.

A cerimónia contou igualmente com a presença da ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote Allen, da embaixadora e Representante Permanente de Angola Junto a organização, Ana Maria de Oliveira, do Secretário de Estado para as Autarquias Locais, Márcio de Jesus Daniel, bem como do diretor-geral para a Cultura da UNESCO, Ernesto Ottone.





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