Luanda - O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida afirmou, esta sexta-feira, que a conquista da independência nacional, a 11 de Novembro de 1975, resultou na construção de uma sociedade de paz, justiça, progresso social e prosperidade.
O governante, que falava na cerimónia oficial de lançamento do 50⁰ aniversário das comemorações da Independência Nacional, na capital angolana, sustentou que sem a independência era impossível sonhar com uma Angola próspera.
Reconheceu, entretanto, que o percurso percorrido para a proclamação da independência nacional, à presente data, não foi linear.
"Tivemos de enfrentar vários desafios, tanto no plano interno quanto no plano internacional", disse, lembrando que
os primeiros 27 anos do período pós-independência foram marcados por um conflito fratricida com componentes de invasão de exércitos estrangeiros que dizimou a vida de milhões de angolanos.
A esse respeito, enalteceu a bravura, a determinação, o patriotismo e, sobretudo, o espírito de perdão dos próprios angolanos que fizeram com que a guerra desse lugar a paz definitiva e com que a desavença desse espaço à reconciliação, “num processo sabiamente conduzido pelo Presidente José Eduardo Santos”.
Enfatizou que os angolanos deixaram de ter dúvidas “de que conversar é melhor do que guerrear, estabilidade é melhor do que instabilidade e de que juntos, apesar das diferenças, somos mais fortes e temos melhores condições para realizar o nosso sonho colectivo”.
“Hoje, a política é feita nas instituições, pela força dos argumentos e não nos campos de batalha. A guerra deixou de ser um meio de continuação da política. Estamos em paz”, vincou.
O ministro de Estado assinalou que os angolanos conseguiram sempre manter, mesmo nos momentos mais difíceis, os mais altos valores da pátria, notando que o solo angolano continua uno e indivisível e que a unidade nacional é um valor de que os angonaos não abdicam.
Reconstrução nacional
Adão de Almeida reconheceu que o fim do conflito armado reacendeu a esperança dos angolanos em relação ao seu projecto de Nação, mencionando, a propósito, a construção de estradas e pontes, portos e aeroportos, caminhos de ferro e centralidades.
“Reconstruímos e construímos escolas, universidades e hospitais. Reconstruímos e construímos barragens hidroelétricas, milhares de quilômetros de linhas de transporte de energia e vários sistemas de captação e distribuição de água. De 1975 para cá, inúmeras são as transformações ocorridas no nosso país em todos os domínios da vida”, aclarou.
Deu a conhecer que, nesse período, a população angolana aumentou de 6,5 milhões de habitantes para cerca de 35 milhões e a taxa de alfabetização cresceu de cerca de 5% em 1975 para cerca de 76%.
Enalteceu o empenho e o trabalho abnegado de milhões de angolanos, ao longo dessas cinco décadas de Estado independente, “que têm sabido enfrentar os desafios, reconhecer os seus erros e nunca desistir de acreditar e de trabalhar para a construção de um futuro melhor para todos”.
Valorização das conquistas
Segundo Adão de Almeida, o que se pretende fazer ao longo das jornadas de celebração dos 50 anos independência, é preservar e valorizar as conquistas alcançadas e construindo um futuro melhor.
Informou que a homenagem que o país se prepara para fazer aos muitos heróis nacionais que, de modo distinto, emprestaram o seu contributo abnegado para a conquista da independência, para a sua preservação, salvaguarda da integridade territorial, para a conquista da paz e da reconciliação nacional e para o desenvolvimento da Angola, é mais do que justa.
A Proposta de Lei que cria a Medalha Comemorativa dos 50 Anos da Independência Nacional foi apreciada em Conselho de Ministros, para posterior discussão e aprovação pela Assembleia Nacional. DC