Luanda - O ministro da Defesa Nacional, Antigos Combates e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos, declarou hoje, terça-feira, que Angola está em paz efectiva e irreversível, tendo como desafios o aprofundamento da sua democracia e o desenvolvimento económico e social.
Na abertura da XXII reunião de ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o ministro afirmou que em Angola vive-se um ambiente de perfeita reconciliação e de reconstrução das suas principais infra-estruturas.
Adiantou que o país tem criado condições necessárias para atrair investimento estrangeiro que possa contribuir para o desenvolvimento em todos os sectores da sociedade.
Apontou como exemplo os investimentos no sector energético, como as barragens hidroeléctricas de Laúca, que representa uma aposta em energias limpas, e a de Caculo-Cabaça, por concluir em 2026, que será a maior do país e a terceira em África, atrás da Nigéria e o Egipto.
Cooperação militar na CPLP
O ministro angolano enalteceu a cooperação progressiva e mutuamente vantajosa com os ministérios homólogos, que contribui para a coesão na actuação e na consolidação do projecto de comunidade.
Referiu que a fundação da CPLP, a 17 de Julho de 1996, e a dinamização da cooperação militar traduz-se em oportunidade para a troca de experiências diversas, mediante adestramento e formação militar nas distintas áreas castrenses, que servem as forças armadas com brio, determinação e elevado sentido de missão e de Estado.
Reportou a contribuição angolana no apoio à reforma do sector militar na Guiné-Bissau (MISSANG) e à Moçambique, quando foi assolada pelo ciclone IDAI e na pacificação da província de Cabo Delgado.
Segundo João Ernesto dos Santos, as questões de defesa visam promover a paz e a segurança mundiais e devem servir de estandarte do presente e do futuro.
Manifestou-se lisonjeado com a condecoração com o “prémio Aparecido de Oliveira da CPLP”, atribuído ao Presidente da República e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA), em reconhecimento à sua contribuição na projecção da comunidade, com destaque para a promoção do acordo de mobilidade.
Acrescentou, entre as contribuições do estadista angolano, a criação de novos objectivos gerais da CPLP de cooperação económica e a integração dos princípios da representatividade e igualdade de género nos estatutos da organização.
São membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP, criada em Julho de 1996, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. JFS/SC