Ministra de Estado advoga plataforma de prevenção de conflitos em África

     Política           
  • Luanda     Terça, 30 Novembro De 2021    18h55  
Carolina Cerqueira, Coordenadora da Bienal de Luanda discursa na Abertura do evento
Carolina Cerqueira, Coordenadora da Bienal de Luanda discursa na Abertura do evento
Francisco Miúdo

Luanda – A ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, apontou, esta terça-feira, para a necessidade de se construir uma sólida plataforma (governos, sociedade civil, comunidade artística e científica, sector privado e as organizações internacionais) para o resgate da paz, sua manutenção e prevenção de conflitos e de violência no continente africano.

De acordo com a ministra, que falava na cerimónia de encerramento da segunda edição da Bienal de Luanda, é crucial que a paz faça parte dessa forma de estar, de sentir e viver a vida em comunidade.

“E a cultura da paz deve ser património de toda a humanidade e um legado permanente e seguro para as jovens gerações. O nosso continente é rico não apenas de recursos minerais, é também rico pela sua cultura e seu património imaterial, material e cultural”, reforçou.

Carolina Cerqueira afirmou ter chegada a hora de se assumir a responsabilidade sobre a realidade enquanto africanos e buscar as parcerias dentro e fora do continente para construir a África que se pretende, contando com a vitalidade das diásporas africanas que engrandecem a história e a cultura comum.

“A nossa visão sobre a paz está voltada para a África que queremos, enriquecida pela sua diversidade cultural e cujos anseios e propósito devem ser objecto das nossas acções no dia a dia. Almejo que cada um e todos, possam de qualquer recanto do nosso continente dar o seu contributo para reforçar este nosso amplo movimento a favor da paz, da fraternidade e da solidariedade entre os povos que ficou reforçado nessa II Edição da Bienal de Luanda”, asseverou.

Para a governante angolana, só desta forma, os africanos, sem perder a sua identidade, poderão usufruir de todas as vantagens que o mundo oferece a nível da ciência, da tecnologia e da inovação.

“Estamos cientes do facto de África ainda ter inúmeros desafios básicos para ultrapassar. São desafios  que vão desde a fome e pobreza, á insuficiência ou inexistência de infra-estruturas económicas e equipamentos sociais capazes de garantir o bem-estar das suas populações”, disse.

Conforme Carolina Cerqueira, há conficção de que num clima de paz efectiva é mais fácil trabalhar para a recuperação económica, para o desenvolvimento e para o progresso e bem-estar das famílias, das empresas e da sociedade, em geral, num clima de harmonia, partilha de comunhão de ideias e de propósitos.

“Os conflitos geram mortes em massa, retiram as pessoas das suas terras de origem, deslocando-as em condições desumanas, desestruturam famílias, arrasam as infra-estruturas e alimentam o ódio entre irmãos que simplesmente pensam diferente”, adiantou a ministra.

Na óptica da ministra, para os fazedores desses conflitos, tudo isso não passa de danos colaterais, mas para as famílias, para a economia, para o desenvolvimento dos países afectados são uma autêntica tragédia, cuja recuperação leva décadas e décadas.

“De certeza que não é essa a África que queremos”, asseverou.

Em relação a Bienal de Luanda, disse que o objectivo é construir pontes para cimentar concórdia e a boa convivência entre os povos, independentemente das diferenças de cariz político, cultural, social ou económico.

“Nas discussões mantidas, ficou patente que o principal instrumento que a Bienal tem para atingir os seus objectivos é a manifestação da idiossincrasia de cada povo que fica patente na sua forma de estar, de sentir e de viver de geração em geração”, reforçou.

A Bienal de Luanda é um projecto que nasce da convergência de políticas e programas estratégicos entre três parceiros principais, designadamente, o Governo de Angola, a UNESCO e a União Africana.

Apresenta e propõe espaços de reflexão, de exposição e de difusão de criações artísticas, boas práticas, ideias e saberes relacionados com a cultura de paz.





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