Luanda - O Ministério do Interior (MININT) rejeitou, esta quarta-feira, em Luanda, informações veiculadas nas redes sociais sobre “um suposto” envolvimento de efectivos das estruturas do sector no tráfico de drogas.
Segundo o Director Nacional de Segurança Pública da Polícia Nacional, comissário Orlando Bernardo, não há indícios de que as informações que circulam nas redes sociais e noutros canais sejam verdadeiras.
O oficial comissário falava à imprensa no final da audição parlamentar solicitada pelos deputados da Assembleia Nacional ao Ministério do Interior (MININT) para aferir, entre outras, questões ligadas ao narcotráfico, tráfico de combustíveis, de seres humanos e falsificação da moeda.
A referida audição parlamentar foi autorizada pelo Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, João Lourenço.
Conforme a alta parente policial, do que se tem conhecimento, até agora, "não há envolvimento de efectivos das estruturas do Ministério do Interior no tráfico de drogas".
Orlando Bernardo adiantou que há, na verdade, um procedimento que se deve fazer e ter alguma cautela quando são levantadas questões do género, frisando que os deputados foram esclarecidos sobre estes factos.
Combate ao tráfico de drogas
O comissário Orlando Bernardo precisou que os órgãos do Ministério do Interior estão neste momento numa grande campanha de combate ao tráfico de drogas.
Em 2022, adiantou, houve um aumento exponencial no combate ao tráfico de drogas, factor que, frisou, tenha, provavelmente, provocado alguns anti-corpos que se traduziram em denúncias falsas.
Por sua vez, o deputado Pedro Neto, do MPLA, afecto à segunda comissão da Assembleia Nacional que trata das questões de Segurança, Defesa, Ordem Interna, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, notou que tiverem a oportunidade de expor às preocupações vindas da sociedade e que mereceram as respostas adequadas da parte do Ministério do Interior.
Em relação ao suposto envolvimento dos efectivos do MININT no tráfico de drogas, o deputado fez saber que a audição parlamentar serviu para se esclarecer os factos.
O deputado explicou que dos esclarecimentos feitos trazem à liça de que "nem tudo aquilo que se diz nas redes sociais tem verdade suficiente (...)".
Contudo, assinalou que o exercício serve para que o próprio Ministério do Interior desenvolva uma actividade profunda para que se encontrem soluções adequadas para questões relacionadas com o tráfico ou contrabando.
Por seu turno, o deputado Joaquim Nafoia, da UNITA, considerou a audição satisfatória. "Ouvimos o Ministro do Interior e a sua equipa e as perguntas que colocamos foram respondidas sem reservas e sem filtros", asseverou.
Para o parlamentar, no caso em concreto, houve um défice de comunicação, aconselhando ao Ministério do Interior a prestar os esclarecimentos que se impõem à opinião pública.
Na sua óptica, se o Ministério do Interior prestasse, ao público, um esclarecimento condicente não haveria este alarme."Um caso deste não se pode resumir com um comunicado lacónico", reforçou.