Huambo - O académico Eduardo Lisboa destacou hoje, sexta-feira, no Huambo, a necessidade do efectivo militar a se inspirar na trajectória do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, enquanto estratega político, visionário humanista e homem de cultura.
Segundo o académico, durante a conferência sobre “ A trajectória histórica da figura de António Agostinho Neto”, é importante que o legado do Fundador da Nação seja amplamente divulgado e seguido por todos, em particular os militares, com foco na preservação da paz e da soberania nacional.
Eduardo Lisboa considerou que o legado de Agostinho Neto deve ser seguido com bravura e determinação, tanto na defesa da Pátria angolano, como de outros Nações africanas que buscam pela pacificação.
O também membro da fundação Doutor Agostinho Neto declarou que o militar deve ser o primeiro a ter o sentido de Estado, tal como os guerreiros presentes na luta pela independência nacional.
“No seu tempo e naquele contexto, o proclamador da independência, tinha uma visão que transcendia a política de muitos líderes, pois vivia na perspectiva da defesa da soberania nacional e ajudar os outros povos de África a estarem livres do colonialismo”, reconheceu.
É deste legado, conforme o académico, que os jovens e os militares precisam seguir permanente.
O evento, promovido pelo Comando da Região Militar Centro, enquadrou-se nas comemorações do centenário do Fundador da Nação, que se assinala a 17 de Setembro próximo.
A Região Militar Centro é constituída pelas províncias de Benguela, do Bié, do Cuanza Sul e do Huambo (Quartel-General).
António Agostinho Neto nasceu a 17 de Setembro de 1922, em Kaxicane, Icolo e Bengo, e faleceu a 10 de Setembro de 1979.
Como primeiro Presidente de Angola, proclamou a independência do país do então jugo colonial português, a 11 de Novembro de 1975.
É uma referência da cultura nacional, tendo escrito várias obras traduzidas em diversas línguas, com destaque para “Quatro Poemas de Agostinho Neto”, em 1957, “Sagrada Esperança” (1974) e “A Renúncia Impossível” (1982).